Receitas da Jerónimo Martins terão crescido mais de 10% em 2017
O BPI espera que a Jerónimo Martins apresente um desempenho sólido nas receitas em 2017 em todas as geografias, mas diz que as acções apresentam um potencial de valorização limitado no curto prazo.
A Jerónimo Martins terá fechado o ano de 2017 com receitas de 16,21 mil milhões de euros, um valor que traduz um crescimento de 11% face ao ano anterior.
As estimativas são do BPI, que espera que a dona do Pingo Doce apresente números "sólidos em todas as geografias". A Biedronka, unidade da empresa na Polónia, deverá ter registado um aumento de receitas de 13%, o Pingo Doce de 3% e o Recheio de 7%. A área que agrupa as restantes unidades, como a colombiana Ara, terá aumentado as receitas em 49%.
Tendo em conta apenas o quarto trimestre, as estimativas são semelhantes: crescimento de 11% na Biedronka, 3% no Pingo Doce e 5% no Recheio. A nível consolidado as receitas terão atingido 4.284 milhões de euros entre Outubro e Dezembro do ano passado (+10%).
"O foco estará no desempenho da empresa na Polónia e podemos assistir, mais uma vez, a valores acima das estimativas", refere o BPI na nota enviada hoje a clientes.
O banco de investimento espera que este "forte desempenho na Polónia sustente a avaliação elevada da acção no mercado". A Jerónimo Martins transacciona com um PER (rácio que mede a relação entre cotação e lucros por acção) de 22,9 vezes e apresenta uma valorização nos últimos 12 meses de 13%, que mais do que duplica o desempenho do sector (+5%), pelo que o BPI assinala que a acção tem um potencial limitado para manter um desempenho superior ao mercado no curto prazo.
Na actividade na Polónia, o BPI destaca o crescimento comparável de 6% nas vendas no quarto trimestre e o contributo positivo das flutuações cambiais. Nas operações em Portugal o Pingo Doce terá regressado a variações positivas nas vendas comparáveis, embora as margens tenham descido 30 pontos base devido ao aumento das promoções e investimento operacional.
A Jerónimo Martins vai apresentar os resultados preliminares a 11 de Janeiro. O BPI tem uma recomendação de "neutral" para as acções, com um preço-alvo de 18,10 euros. As acções estão esta manhã a subir 1,72% para 16,605 euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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