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OPEP admite prolongar cortes de produção

As reservas de petróleo mundiais continuam muito elevadas. Esta é a conclusão da OPEP, que admite prolongar por mais tempo os cortes implementados no início do ano.

petróleo crude
petróleo crude Bloomberg
26 de Março de 2017 às 17:54

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros aliados mundiais estão a avaliar a possibilidade de alargarem por mais tempo os cortes de produção implementados no arranque deste ano e que deverão terminar em Junho, revela a Bloomberg, que cita o ministro do Petróleo do Kuwait, Issam Almarzooq.

O cartel considera que as reservas mundiais de petróleo estão muito elevadas e que, para estabilizar os preços da matéria-prima, poderá ser necessário prolongar os cortes de produção acordados em Novembro do ano passado e implementados no início de 2017. Na altura, os membros da OPEP acordaram reduzir a produção em 1,2 milhões de barris por dia.

Depois de uma reunião no Kuwait, um comité de ministros deste país, da Argélia, da Venezuela e, fora da OPEP, da Rússia e de Omã pediram para que a OPEP reavaliasse o mercado e fizesse recomendações em Abril de forma a perceberem se é necessário manter os cortes de produção para além de Junho ou não.

"Certos factores, como a procura baixa da época, a manutenção das refinarias, o aumento da oferta de não-membros da OPEP, têm abrandado o impacto positivo dos ajustamentos de produção", referiu o comité em comunicado, citado pela Bloomberg.

Uma das grandes pressões sobre o preço do petróleo nos últimos tempos tem sido precisamente o aumento de produção dos EUA, cujas reservas têm vindo a aumentar progressivamente, o que tem anulado em parte o impacto dos cortes de produção realizados pelos membros da OPEP.

Os preços do petróleo recuperaram em Novembro, tendo chegado a superar os 58 dólares por barril, em Londres, no início de Janeiro, precisamente na altura em que a OPEP implementou os cortes acordados. Mas, com os dados que têm sido divulgados, os preços voltaram a recuar, com o barril do Brent a tocar nos 49,71 dólares na semana passada, o que é o valor mais baixo desde 30 de Novembro, dia em que os membros do cartel chegaram a acordo.

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