Fecho dos mercados: Independência dos EUA condiciona bolsas europeias
As bolsas europeias fecharam sem tendência definida, num dia de ausência de muitos investidores do mercado devido ao feriado nos EUA. Os juros subiram, assim como o ouro.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,5% para 5.515,24 pontos
Stoxx 600 avançou 0,06% para 380,05 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal aumenta 1,9 pontos base para 1,754%
Euro recua 0,14% para 1,1641 dólares
Petróleo sobe 0,36% para 78,04 dólares por barril
Bolsas europeias mistas no dia da Independência nos EUA
As bolsas europeias fecharam a sessão sem uma tendência definida, num dia em que muitos investidores estiveram fora da negociação devido ao feriado do 4 de Julho, Dia da Independência, nos EUA. A Bloomberg realça que o volume de negociação foi 35% abaixo da média diária dos últimos 30 dias.
O Stoxx 600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou com um ganho de 0,06%, num dia em que índices como o alemão, o italiano e o britânico fecharam em queda.
Na bolsa nacional, o dia foi positivo, com o PSI-20 a subir 0,5%, numa sessão marcada pela subida superior a 2% da Jerónimo Martins, que recupera assim de mínimos de 2016, e pelos ganhos superiores a 1% da Galp Energia e do BCP.
Juros de Portugal estáveis após cinco sessões em queda
Os juros da dívida soberana europeia transaccionam sem grandes alterações esta quarta-feira, depois da última sessão ter sido de descidas devido ao acordo político que mantém para já intacta a coligação de governo na Alemanha. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos subiu 1,9 pontos base para 1,754%, depois de ter aliviado ao longo das últimas cinco sessões. Na Alemanha os juros descem ligeiramente (0,9 pontos base) para 0,304%, pelo que o "spread" da dívida portuguesa agrava-se para 145 pontos base.
Taxas Euribor mantêm-se a três e 12 meses, sobem a seis e caem a nove meses
As taxas Euribor registaram desempenhos diferentes consoante os prazos. Na maturidade mais curta e na mais longa, três e 12 meses, não houve oscilações com as taxas a permanecerem nos -0,321% e -0,181%, respectivamente. Já a taxa a seis meses subiu para -0,269%, enquanto a Euribor a nove meses recuou para -0,269%.
Dólar corrige após garantia do Banco Central da China
A moeda norte-americana esteve quase toda a sessão em queda contra as principais divisas mundiais, a reflectir, sobretudo a recuperação do yuan, já que o banco central da China deu garantias que não irá desvalorizar a moeda. No câmbio face à moeda europeia, o euro recua 0,14% para 1,1641 dólares.
Petróleo em alta ligeira com perspectiva de queda nas reservas
O petróleo está a ser transaccionado com variações distintas e pouco acentuadas em Londres e Nova Iorque. O Brent valoriza 0,36% para 78,04 dólares. A condicionar a negociação da matéria-prima está a evolução dos stocks de crude nos Estados Unidos, que segundo o American Petroleum Institute terão descido em 4,51 milhões de barris na semana passada.
Ontem os preços da matéria-prima tinham descido, pois segundo a Al Jazeera a Arábia Saudita deu um sinal de que irá ao encontro das pretensões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que quer um aumento da produção. Essa vontade deverá traduzir-se num aumento de dois milhões de barris por dia.
Ouro beneficia com queda do dólar
A desvalorização do dólar está a beneficiar o ouro, que continua a recuperar terreno devido à correcção do dólar. Depois de ontem ter valorizado 0,9%, o metal precioso está esta quarta-feira a valorizar 0,29% para 1.256,41 dólares a onça. Esta semana a cotação do ouro atingiu mínimos de Dezembro e no segundo trimestre registou o pior desempenho desde 2016.
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