Não é o carvão que nos falta, é juízo!
A minimização do episódio foi quase surreal. “Foi só um apagão”, disseram alguns. “Durou pouco”, disseram outros. Como se desligar um país durante 10 horas, cortar comunicações e água, e deixar milhões às cegas fosse um exercício normal de gestão de energia.
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Na manhã ensolarada de 28 de abril, a Península Ibérica acordou virada do avesso. Portugal e Espanha, com os seus céus limpos e as renováveis a bombar energia como nunca, ficaram sem eletricidade. Milhões de pessoas, de norte a sul, viram-se sem luz, sem rede, sem semáforos e, nalguns casos, até sem paciência. Mais do que um colapso elétrico, assistimos a um espelho do que somos, do que tememos e, acima de tudo, das nossas debilidades.
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