Ao longo das duas ou três últimas décadas se tem falado da absoluta necessidade de reformar o Estado. Embora algumas medidas avulsas tenham sido tomadas, a verdade é que temos uma estrutura cada vez maior, mais dispendiosa e menos eficaz. Com exceção dos anos da “troika” em que foram feitos cortes cegos motivados por uma pressão externa que atuou pelas piores razões e sem cuidar de avaliar outros critérios como seja o da satisfação das necessidades das populações, a verdade é que temos andado ao sabor do vento e aproveitado muito pouco aquilo que a tecnologia nos tem permitido fazer. Em termos de cultura organizacional parece que cada ano que passa é pior do que o anterior e que os sindicatos apenas servem para reivindicar maiores salários e evolução mais rápida nas carreiras profissionais.