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Doutor Finanças e Vanguard Properties querem “reforçar crescimento” e alavancar “internacionalização” com programa ELITE

Ambas em franco crescimento e com oportunidades de expansão, deixam rasgados elogios ao programa, de onde retiraram conhecimento e networking.

10:51

Doutor Finanças e Vanguard Properties são duas das sete empresas que fazem parte do quinto grupo a integrar a terceira edição lançada no âmbito da World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE. Esperam ter como retorno o fortalecimento das respetivas empresas e o aumento da atratividade perante parceiros nacionais e internacionais.

O Doutor Finanças nasceu, em 2014, no rescaldo de duas grandes crises financeiras, como uma fintech portuguesa para tornar o sistema financeiro mais acessível às famílias. A fórmula teve tanto sucesso que se transformou num dos players centrais do mercado de intermediação de crédito, responsável por cerca de 1.000 milhões de euros em crédito habitação só em 2024. Com mais de 300 colaboradores e uma rede física nacional, com 90 lojas em franquia e um papel estrutural na literacia financeira, prepara agora um novo ciclo marcado por tecnologia e IA, ao mesmo tempo que expande o seu modelo para utilities e acelera a internacionalização para Espanha e Itália.

A Vanguard Properties, constituída em 2016, é o maior promotor imobiliário de luxo em Portugal. Líder no segmento residencial prime, detentora de alguns dos projetos mais valorizados do país, combina capital intensivo, escala e execução técnica de referência. Tem registado um “ritmo de crescimento muito acelerado” com projetos emblemáticos como “Infinity”, em Sete Rios, “Castilho 203”, junto ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, e “Terras da Comporta”, no Alentejo. Mantém um forte foco em produto premium, sustentabilidade e captação de investimento internacional, posicionando-se como um dos principais motores da valorização do mercado premium e da atração de investimento estrangeiro para Portugal.

O papel do Doutor Finanças “está quase todo por desempenhar”

Em conversa, Paulo Velho Cabral, co-CEO e chief financial officer e Hugo Ferreira, co-CEO e chief strategy officer, asseguram que o papel do Doutor Finanças “está quase todo por desempenhar”. O céu é o limite, mas, sem pressas, ao ritmo de “uma maratona”. Já tinham intenção de participar no World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE desde o primeiro grupo, mas o momento foi este ano: serviu para validar conhecimentos, fazer networking e, principalmente, alavancar o processo de internacionalização.

Paulo Velho Cabral, co-CEO do Doutor Finanças
Hugo Rosa Ferreira, co-CEO e chief strategy officer do Doutor Finanças

O Doutor Finanças nasceu com o objetivo de melhorar o bem-estar financeiro das famílias portuguesas. Porque é que sentiram que havia esta necessidade?

Paulo Velho Cabral: Nascemos com um foco muito grande em ajudar as pessoas de duas formas. Uma através de conhecimento, a outra através da ajuda na negociação das suas condições financeiras. Estávamos a sair de uma grande crise em 2008, as famílias estavam sobre-endividadas e também não tinham acesso à informação. Nós viemos descomplicar a forma como se falava o “financês”.

Começamos com crédito consolidado e com crédito pessoal, porque eram os produtos que davam resposta ao problema existente – o excesso de créditos, ou seja, o sobre-endividamento – e fizemos duas coisas: explicar às pessoas as responsabilidades que tinham, e que muitas vezes não sabiam – portanto, literacia e conhecimento –, e trazer, com isso, melhoria da qualidade de vida. Para isso, precisávamos de tirar o fato, tirar a gravata. E vestimos uma bata porque viemos tratar da saúde da carteira dos portugueses.

Fizemos agora um estudo que consiste em medir o impacto de cada vez que nós prestamos um serviço a um cliente e os resultados foram muito bons mesmo. A maioria das pessoas, quando começou este contacto connosco, dizia que tinha um desconhecimento significativo de um conjunto de responsabilidades, de obrigações, do próprio tema em si, de uma dívida ou de uma renegociação, e que connosco, durante todo o processo, nós explicamos. Portanto, as pessoas, além de ficarem com o seu problema resolvido, e, na maior parte das vezes, com uma poupança nos custos, também ganharam literacia financeira.

Há dois anos decidimos criar uma rede de franchising, porque Portugal ainda não é totalmente digital e sentimos que tínhamos a responsabilidade de estar mais perto dos portugueses. Foi uma alteração muito grande em termos estratégicos: mantivemos o digital, mas estamos também em lojas de rua junto da população.

Hugo Ferreira: No fundo, aquilo que nós procurámos foi ter sempre dois eixos: de um lado estão os clientes, do outro estão os bancos. Nós estamos no meio, somos intermediários. Em 2014, conseguíamos acrescentar valor aos dois lados. Acrescentamos valor às pessoas, porque tínhamos um serviço mais personalizado, mais descomplicado. Simplificávamos, tirávamos as dores. Para os bancos, entregávamos clientes altamente qualificados para que pudessem fazer negócio num período em que tinham muito pouco dinheiro para investir em captação. E foi assim que nos tornamos parceiros dos bancos.

Um número significativo das pessoas que hoje trabalham no Doutor Finanças têm um passado na banca. Esse conhecimento, de como é que as coisas funcionavam e também dos desafios que a banca estava a ter em 2014, também contribuiu para o desenho desta solução para ambas as partes, preenchendo algumas das lacunas que eram identificadas na prática. Não só como consumidores, mas também como profissionais.

Hoje, o mercado de intermediação de crédito contará mais ou menos com 60 a 70% da originação de crédito habitação em Portugal. Tem um peso muito grande. E nós estivemos na génese deste movimento, que é uma tendência mundial.

A independência continua a ser uma das grandes características que temos. Podemos oferecer soluções de todos os bancos com que trabalhamos e depois o trabalho que fazemos é procurar a melhor solução. Não é uma questão de one size fits all, é muito mais tailor-made. Aproveitamos o conhecimento que temos e o facto de termos acordos com todos os bancos para podermos oferecer todas as soluções e recomendar aquela que nos parece ser a melhor para os nossos clientes.

De que forma foram alargando o vosso portefólio até chegar a áreas como seguros, energia ou telecomunicações?

Paulo Velho Cabral: Fomos fazendo um mix. Aumentamos de forma gigante a informação que disponibilizamos a todos os portugueses. Fomos pioneiros na criação de simuladores de muitas daquelas que são as necessidades do dia-a-dia que todos temos. Temos dezenas de simuladores de tudo o que tem que ver com o ambiente de casa, ou seja, IMT, mais-valias, de questões que precisamos de saber no dia-a-dia.

Depois, o crédito habitação surgiu de uma forma natural e com um produto que não era muito conhecido, que foi transferir o crédito para outro banco.

A parte dos produtos que nós fomos tendo surgiram de uma necessidade do próprio processo e do próprio cliente. E foi assim que surgiu o nosso negócio de mediação de seguros. Criamos uma mediadora de seguros que, durante vários anos, só tinha dois seguros – seguro de vida e seguro multi-riscos – e depois começamos a ampliar o leque de produtos. Hoje em dia, trabalhamos com quase todas as seguradoras e também com todos os seguros que qualquer um de nós precisa.

Neste momento, estamos quase a arrancar com uma área de utilities. Vamos ter esse serviço brevemente para dar aos nossos clientes melhores condições.

Hugo Ferreira: Existe uma enorme lacuna na educação, sobretudo nas escolas portuguesas e mesmo no seio das famílias portuguesas. Falar de dinheiro ainda é um bocadinho tabu. Portanto, percebemos que o espaço para ajudar as pessoas a tomar determinadas decisões com impacto financeiro nas suas vidas era bastante mais amplo.

Na área dos investimentos, se calhar, a área mais delicada, porque estamos muito atrasados na literacia financeira para investimentos, há aqui um caminho muito grande a fazer ainda na educação financeira. Neste momento, temos um produto de investimento muito conhecido em Portugal, o PPR, porque tem subjacente um seguro. Quisemos montar um produto que fosse muito eficiente do ponto de vista dos custos, para que potenciasse a rentabilidade.

Que momentos consideram mais marcantes nesta década, tanto em termos de desafios como de conquistas?

Paulo Velho Cabral: Em 2016, alcançámos também um marco grande, ao atingirmos um milhão de receitas. No ano passado, fechamos com 20 milhões e,  este ano, se correr como previsto,, deveremos chegar aos23 milhões.

No nosso portal atingimos 20 milhões de tráfego, o dobro da população portuguesa em utilizações. Recebemos prémios em todas as áreas da organização, o que é um orgulho gigante, perceber que são os outros, de forma independente, a dizer que estamos a fazer o nosso trabalho bem feito. O facto de sermos uma empresa “Great Place to Work” nas empresas acima de 250 colaboradores, de termos ganho o prémio deste ano da melhor PNE em termos de responsabilidade social, e o reconhecimentos dos nossos parceiros  são igualmente motivos de orgulho.

A internacionalização é um marco gigante para este ano. Vamos testar dois mercados. Em termos de literacia financeira, Espanha está dois lugares à nossa frente e Itália está três ou quatro.

Em termos de desafios, o maior surgiu com a Covid: não sabíamos se a empresa ia sobreviver, mas foi precisamente nessa altura que mais crescemos e que mais pessoas contratámos. A mudança de liderança foi também um desafio significativo.

Hugo Ferreira: Fizemos 11 anos e temos muitos momentos marcantes. Temos tido a sorte de ter um crescimento muito grande e quase constante, que aliás tem sido reconhecido com a nossa presença no ranking Fast 50 da Deloitte, para empresas fintech que têm um crescimento regular.

Já ultrapassámos os 300 colaboradores dentro do grupo, sem contar com a rede de franchisados.

Depois, diria que o facto de termos tomado a decisão de abrir a rede de franchising, termos inaugurado a primeira loja  em julho de 2023 e, neste momento já contarmos com mais de 90 lojas, é também motivo de orgulho.

No início do projeto, as metas de crescimento desta rede pareciam-nos muito ambiciosas e quase irrealistas, e estamos a cumpri-las.

Além disso, é importante referir também esta reorganização da liderança, com dois co-CEOs, áreas bem definidas, embora complementares, que trabalham muito de forma colaborativa, mas com lideranças distintas, para que possam ter autonomia. Esta reorganização da liderança permite-nos sonhar com os próximos 10 anos.

O nosso desafio passa por queremos continuar a ser uma empresa dinâmica e preservar o espírito de startup, algo que se torna mais complexo numa empresa com 10 anos, sete linhas de negócio, cerca de 300 trabalhadores e uma rede de franchising com mais de 90 lojas.

Foi por causa destes desafios de crescimento que, este ano, realizámos um investimento muito grande em significativo na capacitação de liderança, contratando formação externa não só para o C-Level, mas também para os nossos diretores. Estes desafios exigem adaptação constante, mas representam igualmente excelentes oportunidades para desenvolvermos as nossas pessoas.

Quais são, atualmente, os vossos serviços mais procurados? E que novas necessidades antecipam para os próximos anos, especialmente numa era de digitalização financeira?

Paulo Velho Cabral: Há muito crédito à habitação, pessoas que ainda nem sequer têm a sua casa, mas que já estão à procura de soluções. E estamos a trazer soluções que vão para além daquilo que é a necessidade direta de informação financeira. Estamos a ir às empresas, a dar formação e soluções aos colaboradores, seja para quem tem um problema por não estar a conseguir pagar, seja para aquele que não sabe como é que vai contrair uma dívida e que vai comprar uma casa, mas também para os recém-licenciados que começaram a trabalhar, moram em casa dos pais e passaram a ter um rendimento. Têm dinheiro, não têm dívidas. Portanto, aquilo que estamos a explicar é quais os investimentos que podem fazer e quais são os riscos associados.

Hugo Ferreira: Há um caminho ainda bastante grande a percorrer para conseguirmos devolver alguma segurança financeira às pessoas. Portanto, acreditamos que o nosso papel ainda está quase todo por desempenhar e que vamos continuar a acrescentar valor às famílias.

Foram responsáveis por 918 milhões de euros em crédito habitação, por 6.500 apólices de seguros e ajudaram 185 mil pessoas a melhorar as condições financeiras em 2024. Que estratégias de crescimento e inovação estão a priorizar em 2025?

Paulo Velho Cabral: Em termos de crescimento e de apostas para o próximo ano, vamos continuar a investir muito em tecnologia. Estamos a investir em Inteligência Artificial (IA) e perceber onde é que a IA nos consegue ajudar nos processos internos, para sermos mais ágeis e mais rápidos a encontrar a solução para os nossos clientes.

Temos também um foco cada vez maior no impacto social daquilo que fazemos em termos de sustentabilidade.

Na nossa rede de franchising, vamos continuar a investir na proximidade com as diversas localizações em Portugal. E, obviamente, temos a internacionalização na nossa estratégia de crescimento para o próximo ano.

Começaram a internacionalização com Espanha e Itália. Que potencial de negócio preveem ter nestes mercados e quais são as metas para os próximos três anos?

Hugo Ferreira: Há bastantes semelhanças com Espanha e Itália no nível baixo de literacia financeira, mas também no comportamento das pessoas relativamente à casa e à sua vida financeira. São mercados muito naturais para nós: é a proximidade, a semelhança cultural, a semelhança da jornada financeira. É uma aposta grande que estamos a fazer. Mas, para nós, é uma maratona e não uma corrida de 100 metros.

Durante este ano, estivemos a preparar a entrada nestes dois mercados. Em Espanha, iniciamos em novembro. Em Itália, devemos começar em março do próximo ano. Desfasámos as datas de entrada para podermos estar totalmente dedicados aos primeiros meses de operação.

Aquilo que esperamos é, daqui a três anos, portanto, no final de 2028, ter operações já com alguma substância em cada um destes dois países.

A ideia é que tanto em Espanha como a Itália, possamos replicar tanto quanto possível aquilo que é a nossa oferta global, não só de produtos e soluções financeiras, como também da nossa forma de estar.

Vamos entrar só no digital no início, mas naturalmente que, tendo em conta o sucesso que a nossa rede tem tido em Portugal, é muito provável que avancemos também para a criação de uma rede física que nos permita ter uma capilaridade e uma presença diferente. Queremos chegar a 2030 mais ou menos com 25% da nossa faturação nestes projetos de internacionalização.

Porque decidiram fazer parte do World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE e que impacto esperam que esta ligação tenho no crescimento do Doutor Finanças?

Paulo Velho Cabral: Estivemos quase a começar no primeiro grupo. Já tínhamos a internacionalização no nosso mindset, mas estávamos ainda com um conjunto de questões por dissipar do nosso lado. Este ano fez-nos todo o sentido por duas razões. Primeiro, pela relação que a ELITE tem com a Euronext, porque temos aqui uma proximidade e entendemos muito bem a forma como os mercados funcionam, portanto, há um reconhecimento da entidade. Depois, a parceria que têm com a Universidade Nova de Lisboa, que é altamente prestigiada. Não houve dúvida nenhuma que queríamos fazê-lo. O momento foi este ano porque foi o ano em que estávamos a preparar todo o processo de internacionalização e, por isso, iríamos conseguir usufruir das matérias de uma forma mais direta.

Outra razão muito importante: a relação que existe com Itália. Há um networking muito interessante também com empresas italianas, que poderão fazer sentido no nosso crescimento e em futuras parcerias.

Serviu para validar algumas das coisas que fizemos, para fazer networking, para parcerias atuais e futuras, e o conhecimento que foi transmitido foi ao mais alto nível, com pessoas com muita expertise e muito nome no mercado. Foi muito bom!

Hugo Ferreira: Foi também para nos desafiarmos. É muito fácil validarmo-nos uns aos outros na nossa bolha, que é a empresa. O facto de estarmos com formadores e com outras empresas, em debate, também desafia ou valida todas as crenças que vamos construindo ao longo do tempo. Há um valor muito grande a acrescentar quando estamos com pessoas de fora.

Foi uma oportunidade ótima para aprender, para partilhar experiências. No fim do dia, quanto mais forte for a nossa empresa, maior será o impacto positivo que nós podemos vir a ter na vida financeira das famílias.


Segmento de luxo “reforça a imagem de Portugal como destino de qualidade”

Bruno de Castro Henriques, chief financial officer da Vanguard Properties, assegura que o grupo pretende continuar a apostar no segmento residencial premium e de luxo devido à “procura internacional consistente, escassez estrutural de produto de elevada qualidade e um mercado com uma atratividade única”. Decidiram fazer parte do World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE para “reforçar a capacidade da empresa de crescer de forma sustentável”.

Bruno de Castro Henriques, chief financial officer da Vanguard Properties

Quais têm sido os maiores desafios de gestão e financiamento da Vanguard Properties? E que momentos destacaria como marcos de crescimento da empresa?

Ao longo destes oito anos, o principal desafio foi garantir que a estrutura financeira acompanhava um ritmo de crescimento muito acelerado. A Vanguard Properties iniciou atividade com projetos de grande escala, intensivos em capital e com horizontes de desenvolvimento longos, o que exigiu, desde o início, uma abordagem extremamente rigorosa à gestão do balanço e à diversificação das fontes de financiamento. Um segundo desafio foi a construção de equipas especializadas em áreas muito técnicas, desde a análise financeira ao asset management, passando pelo controlo de risco e pela relação com instituições financeiras nacionais e internacionais. Criar uma organização capaz de gerir, simultaneamente, dezenas de projetos imobiliários, com diferentes perfis de risco e retorno, foi determinante para o nosso sucesso.

Entre os marcos mais relevantes, destacaria a consolidação das primeiras grandes operações de financiamento bancário, que validaram a credibilidade e a robustez do nosso modelo – por exemplo, os projetos Dunas e Torre, na Comporta –, a expansão para projetos emblemáticos, como o Castilho 203 e Infinity, ambos em Lisboa, que elevaram o posicionamento do grupo, e a profissionalização crescente dos processos de investimento e gestão de risco, que permitiu acelerar a tomada de decisão com maior precisão.

Do leque de serviços que prestam quais são hoje os mais procurados?

A nossa atividade integra todo o ciclo de gestão de projetos imobiliários, desde a aquisição e avaliação de investimentos até à entrega final dos ativos ao cliente. Inclui a definição de conceitos de produto, a elaboração de planos de negócios e a negociação de financiamentos, bem como a preparação de cadernos de encargos, a gestão de concursos de empreitada e o acompanhamento técnico de todas as fases do desenvolvimento. Abrange ainda a gestão estratégica do processo de licenciamento, a coordenação do marketing online e offline e da rede de mediadores, e a supervisão da contabilidade, tesouraria, pagamentos e de todas as assessorias externas, desde urbanismo a fiscalidade, garantindo uma abordagem integrada, rigorosa e orientada para resultados.

No percurso da Vanguardeagle Asset Management, quais são os projetos mais emblemáticos e os que maior impacto tiveram na solidez do grupo?

A Vanguardeagle Asset Management teve um papel determinante em vários projetos estruturantes para a Vanguard Properties. Destacaria três.

O Infinity, que é um empreendimento residencial de referência em Lisboa, que combina arquitetura contemporânea, vistas panorâmicas e um conjunto alargado de serviços exclusivos. Com 26 pisos e perto de 200 apartamentos, distingue-se pela qualidade dos acabamentos, pela localização estratégica junto a Sete Rios e por uma oferta de “amenities” de topo – piscinas interior e exterior, ginásio, spa, padel, kids club e concierge. Representa um investimento de grande escala e um marco para a cidade, afirmando o posicionamento da Vanguard Properties no segmento premium.

Depois, Castilho 203, que é “o” condomínio residencial de luxo, situado no coração de Lisboa, junto ao Parque Eduardo VII, distinguindo-se pela arquitetura contemporânea, pela elevada qualidade de execução e por um conjunto de serviços exclusivos ao nível de um hotel cinco estrelas. Com um número muito limitado de apartamentos e “amenities”, como piscina interior e exterior, spa, ginásio e concierge, o projeto afirma-se como a referência de excelência no segmento prime da cidade.

Em terceiro, mas não menos importante, destaco Terras da Comporta, que integra o Dunas e a Torre, e que representa um dos desenvolvimentos turísticos e residenciais mais distintivos do país, combinando arquitetura de autor, sustentabilidade e uma integração exemplar na paisagem natural. Concebido para oferecer uma experiência exclusiva num ambiente de baixa densidade, o projeto reúne unidades residenciais de elevado padrão, dois campos de golfe, hotéis de luxo, serviços completos e infraestruturas premium, preservando a identidade e autenticidade da Comporta. A escala, a ambição e o rigor na execução posicionam o Dunas e a Torre como um novo marco no turismo residencial de alto nível em Portugal.

Criaram recentemente a Everstone, em parceria com a ABNSouza, para explorar o mercado residencial premium e de luxo. Como perspetiva a evolução deste segmento nos próximos anos?

A criação da Everstone resulta da leitura clara de que o segmento residencial premium e de luxo em Portugal continua a apresentar fundamentos muito sólidos: procura internacional consistente, escassez estrutural de produto de elevada qualidade e um mercado que, apesar das flutuações macroeconómicas, mantém uma atratividade única.

Nos próximos anos, antecipo uma continuidade na crescente procura internacional, sobretudo de mercados como Estados Unidos da América, com clientes mais informados e exigentes, e maior seletividade nos investimentos, favorecendo projetos com localização excecional, elevada qualidade arquitetónica e de acabamentos e amenities, e sustentabilidade. Além disso, antecipo a continuação da valorização do segmento prime e luxo, embora em ritmos mais moderados.

Quanto ao impacto no mercado no seu todo, o segmento de luxo tem um peso reduzido no volume de transações. Portanto, não é este mercado que determina a evolução dos preços no mercado de habitação generalista. No entanto, contribui para elevar padrões, atrair investimento estrangeiro e reforçar a imagem de Portugal como destino de qualidade.

Anunciaram recentemente uma mudança na liderança, com Alexandre Berda a assumir o cargo de CEO. Esta transição é estratégica?

Esta transição marca o encerramento de um capítulo e o início de outro na Vanguard Properties. Trata-se de uma decisão acordada entre o chairman Alexandre Berda e José Cardoso Botelho, após um percurso determinante para consolidar a empresa como uma referência do setor em Portugal.

O objetivo é assegurar a plena execução dos projetos em curso, a consistência operacional e a concretização do plano estratégico definido para os próximos anos.

Mudam os ciclos, mas a nossa abordagem mantém-se: investir com rigor, entregar produto de excelência e diferenciado e preservar a nossa identidade, feita de detalhe, qualidade e uma visão de longo prazo.

Porque decidiram fazer parte do World Trade Center Lisboa International Academy by ELITE e que impacto esperam que esta ligação tenho no crescimento da Vanguardeagle Asset Management?

A decisão de integrar esta iniciativa assenta em três objetivos estratégicos.

Em primeiro lugar, o acesso a uma plataforma global de conhecimento, networking e boas práticas, essencial para continuar a profissionalizar as nossas equipas e reforçar competências críticas.

Em segundo, a exposição internacional acrescida, permitindo posicionar a Vanguardeagle Asset Management – e, por extensão, o grupo – num ecossistema global de investimento, tecnologia e inovação.

E, em terceiro, o desenvolvimento de talento, através de programas que potenciam a formação avançada em áreas como gestão, finanças, liderança e transformação digital.

O impacto esperado é muito claro: reforçar a capacidade da empresa de crescer de forma sustentável, melhorar a qualidade dos processos de decisão e aumentar a atratividade do grupo junto de parceiros, investidores e talento qualificado.




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