Pharol afunda 20% em seis dias com incerteza em torno da Oi
Têm sido muitas as notícias sobre a disputa de credores da Oi e sobre potenciais investimentos na operadora brasileira que está sob protecção contra credores. A incerteza tem arrastado as acções da Pharol, que detém cerca de 22% da brasileira.
As acções da Pharol estão a descer 5,74% para 0,197 euros, elevando para 20% a queda nos últimos seis dias - é o ciclo de quedas mais pronunciado desde o início do ano. A queda recente das acções colocou já a Pharol com uma perda de 9,75% desde o início do ano.
Este comportamento da Pharol surge numa altura em que a Oi também tem registado fortes quedas, devido à elevada incerteza sobre o desenrolar da situação financeira da operadora de telecomunicações brasileira que se encontra sob protecção contra credores.
Na segunda-feira, 14 de Novembro, a Globo noticiou que o fundo americano Elliott Management, do milionário Paul Singer, está a ponderar injectar 10 mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros) e ficar com 60% da empresa. Esta será a proposta elaborada pelo fundo em conjunto com a Boston Consulting e com a francesa Lazard.
O fundo "abutre", que apostou na queda do BES e da PT, estará assim a trabalhar numa proposta que deixará nas mãos dos actuais accionistas 20% da Oi (uma posição inferior à detida actualmente só pela Pharol) e os restantes 20% ficarão com credores internacionais, de acordo com a Globo que cita uma fonte próxima do processo, que não quis ser identificada.
Também ontem, mas ao final do dia, a Folha de São Paulo noticiou que o Governo brasileiro está à procura de alternativas para a Oi, tentando atrair novos investidores. O Executivo terá mesmo contratado consultores para ajudarem na operação.
Já esta terça-feira, 15 de Novembro, a Bloomberg noticiou que o grupo de detentores de obrigações da Oi desintegrou-se, o que deverá aumentar as dificuldades em conseguirem recuperar parte do investimento feito em dívida da brasileira.
Mais lidas