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Moody's: fim dos estímulos do BCE e subida dos juros são "geríveis" para países e empresas

A agência de rating Moody's acredita que o impacto das políticas recentemente anunciadas pelo Banco Central Europeu vai ser reduzido, sobretudo devido ao bom momento da economia europeia.

27 de Junho de 2018 às 13:38

A agência de rating Moody's analisou o impacto que as últimas decisões do Banco Central Europeu (BCE) poderão ter no bloco e a mensagem é tranquilizante: "são geríveis para a maioria dos emitentes de dívida na Zona Euro", garante a agência na nota enviada às redacções.

A Moody's prevê que, apesar do aumento das taxas de juro, os encargos dos países do euro com a dívida soberana diminuam nos próximos anos, à medida que a dívida sujeita a altas taxas de juro chega à maturidade e é substituída por nova dívida com juros mais baixos, beneficiando do bom momento da economia do bloco. 

No que toca às empresas, o cenário é semelhante, tendo em conta o "crescimento sustentado na Zona Euro que irá suportar a qualidade do crédito". 

Contudo, há excepções à regra. "Alguns emitentes de dívida serão mais afectados do que outros" ressalva a Moody's, que aponta para as diversas condições de pagamento dos juros. Em particular, maiores custos com os empréstimos podem afectar as empresas com uma notação financeira mais baixa "mas este factor, por si só, não deverá conduzir a revisões em baixa do rating", prevê a agência.

A Moody's tem esta visão contando com um recuo "gradual" no programa de estímulos e um crescendo das taxas de juro também a "um ritmo moderado". Para mais, a agência acredita que o BCE "vai manter um grande balanço e um grau amplo de políticas acomodatícias".

Mario Draghi agradou aos mercados quando, em meados de Junho, anunciou o fim gradual do programa de quantitative easing e adiou a subida da taxa directora para o final do Verão de 2019. O programa de compras vai manter-se ao actual ritmo de 30 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2018. Depois, deverá baixar para um ritmo de 15 mil milhões até ao final de Dezembro de 2018. E a partir do próximo ano as compras líquidas de activos desaparecem. 

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