(Comente aqui o artigo de Ulisses Pereira)

Desde Março, quando a Bolsa portuguesa arrancou, as correcções têm sido suaves e ligeiras. Duram alguns dias e servem mais para acalmar a euforia do que para trazer algum medo ao mercado. São correcções que os touros têm visto com um sorriso nos lábios e com aquelas tradicionais palavras: "Até é bom que isto pare um pouco para respirar". Mas, na semana passada, a correcção foi mais forte e, agora sim, alguns touros começam a tremer

Mais do que discutir se a causa destas quedas é a nova novela do início de um possível processo de destituição de Trump, de um novo teste de mísseis da Coreia ou de outro motivo qualquer, como analista técnico o que é para mim relevante é perceber até que valores esta correcção não coloca em causa o mais recente domínio dos touros.

Enquanto o PSI não quebrar consistentemente a zona de suporte entre os 4750 e os 4850 pontos, estas correcções não colocam em risco o recente domínio dos touros. Nos e-mails que tenho recebido e nos comentários no www.caldeiraodebolsa.com percebe-se que esta correcção mais forte abanou mesmo alguns touros. É normal, tendo em conta tudo o que tem acontecido nos últimos anos e, caso aquele suporte aguente, este abanão na confiança é decisivo porque a euforia só é bem-vinda no final dos "Bull Markets" pois, nas outras fases, é do cepticismo que ele se alimenta.

Quem não está preparado para perder dinheiro em Bolsa, deve escolher outras formas de investir o seu dinheiro. Não há Bolsa sem risco, sem momentos de perda e sem dor. Naturalmente que todos perseguem o reverso da medalha, mas tudo isto faz parte da vida de um investidor. Quem é avesso ao riso deve fugir do mercado accionista.

Este é um momento de teste à Bolsa portuguesa. Se o suporte entre os 4750 e os 4850 euros sobreviver, será mais um teste superado e uma vitória para os touros. Porque a força do mercado, por mais paradoxal que possa parecer, vê-se muito mais no momento das quedas do que das subidas.

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