Credores aprovam plano de recuperação judicial da Oi
O plano de recuperação judicial da Oi, controlada em mais de 20% pela Pharol, teve luz verde dos credores, depois de "ajustes negociados" numa assembleia-geral que durou cerca de 15 horas.
O plano de recuperação judicial da operadora brasileira Oi foi aprovado na assembleia-geral que decorreu na terça-feira, 19 de Dezembro, informou a empresa em comunicado.
A Oi "informa a seus accionistas e ao mercado em geral que, nesta data, os credores da Companhia e suas subsidiárias (…) reunidos em Assembleia Geral de Credores regularmente instalada, aprovaram o Plano de Recuperação Judicial das Recuperandas ("Plano"), com ajustes negociados", informa o comunicado ao mercado.
O plano, que será submetido à homologação do Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, atende, segundo a operadora, "a todas as partes interessadas de forma equilibrada".
"Garante a viabilidade operacional e a sustentabilidade das recuperandas, permitindo que a Oi invista para melhorar a qualidade dos serviços de telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura e saia mais fortalecida ao final deste processo", aponta a empresa, que tem como maior accionista a portuguesa Pharol.
No comunicado a anunciar que o plano foi aprovado, não são detalhados os ajustes que foram negociados com os credores, mas sabe-se que, durante a assembleia-geral, o Banco do Brasil e o Banco de Desenvolvimento Económico Social entregaram propostas de alterações, que levaram a reunião a ser suspensa até às 19:00 (21:00 Lisboa) para que o presidente da Oi, Eurico Teles, as pudesse analisar. De acordo com a Bloomberg, entre as alterações à anterior versão do plano está a ausência de condições para a realização do aumento de capital. "Esperamos que a injecção de capital aconteça antes do prazo de um ano", disse o novo CEO, Eurico Teles, revelando que existem "compromissos firmes" para avançar com a operação. Ainda assim, a agência de notícias norte-americana revela que a operação de aumento de capital deverá ser contestada judicialmente por accionistas que estão discontentes com o plano de recuperação, que prevê uma forte diluição da sua posição.
De acordo com a Bloomberg, entre as alterações à anterior versão do plano está a ausência de condições para a realização do aumento de capital. "Esperamos que a injecção de capital aconteça antes do prazo de um ano", disse o novo CEO, Eurico Teles, revelando que existem "compromissos firmes" para avançar com a operação.
Ainda assim, a agência de notícias norte-americana revela que a operação de aumento de capital deverá ser contestada judicialmente por accionistas que estão discontentes com o plano de recuperação, que prevê uma forte diluição da sua posição.
A versão do plano de recuperação judicial que foi levada à AG foi conhecida no passado dia 13 de Dezembro e prevê a conversão da dívida até 75% do capital da Oi. Quer isto dizer que, no final do processo, os credores vão ficar a controlar a maioria do capital da empresa, com os actuais accionistas a sofrerem uma forte diluição das suas participações, incluindo a Pharol que actualmente é maioritária com 27,18%. A empresa liderada por Palha da Silva revelou que é contra o plano.
As alterações do novo plano incluem o parcelamento, em 20 anos, das dívidas da operadora à Anatel e estabelecimento da capitalização mínima em 4 mil milhões de reais até um máximo de 6,5 mil milhões com emissão de novas acções. A decisão sobre a dívida levou o regulador do sector das telecomunicações e maior credor individual da Oi a votar contra o plano. Com o "ok" dos credores, poderá chegar ao fim um processo que se arrasta há 18 meses, depois de a operadora ter, em Junho do ano passado, entrado com um pedido
(notícia actualizada às 9:00 com mais informação)
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