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"A corrida pelo futuro dos pagamentos já começou e a Mastercard está determinada a liderá-la"

Na linha da frente da inovação em pagamentos, a Mastercard traz a Lisboa o Innovation Forum 2025. O country manager Nuno Loureiro antecipa os desafios e oportunidades desta “corrida” rumo ao futuro digital.

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Nuno Loureiro, country manager da Mastercard em Portugal
Nuno Loureiro, country manager da Mastercard em Portugal

Com mais de uma década de experiência no setor dos pagamentos, Nuno Loureiro assumiu recentemente o cargo de country manager da Mastercard em Portugal, regressando a uma casa que bem conhece, depois de ter passado pelo Santander como diretor de pagamentos. A missão é clara: acelerar a inovação, reforçar parcerias estratégicas e consolidar o papel da Mastercard no mercado nacional, alinhando Portugal com as grandes prioridades globais da empresa.

A conversa que se segue antecipa o Mastercard Innovation Forum 2025, que terá lugar no próximo dia 10 de setembro, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa. Sob o mote Racing Towards the Future, o evento junta especialistas nacionais e internacionais para debater as grandes tendências que estão a redefinir o futuro dos pagamentos – da tokenização à inteligência artificial, da cibersegurança ao comércio digital.

Numa altura em que a Mastercard reforça a sua ligação ao universo da Fórmula 1 através da parceria com a McLaren Racing Team – que, em 2026, passará a chamar-se McLaren Mastercard F1 Team –, a inovação e a performance são palavras-chave que atravessam o evento e a própria estratégia da empresa. É neste contexto que falamos com Nuno Loureiro sobre o caminho da Mastercard em Portugal e no mundo, as oportunidades e desafios que se colocam ao setor, e aquilo que podemos esperar desta corrida para o futuro dos pagamentos.

Assumiu recentemente o volante da Mastercard em Portugal. Que balanço faz destes primeiros meses de condução e como vê o papel do mercado português na rota europeia e global da empresa?

Trabalhei na Mastercard entre 2011 e 2019 e regressei em maio para liderar a Mastercard e, assim, cumprir um sonho. O meu grande objetivo consiste em continuar a fazer crescer a Mastercard no mercado português construindo relações de maior proximidade com os nossos clientes e parceiros bem como alargar esta base. Adicionalmente, também tenho de garantir o bom desempenho do hub que funciona a partir de Portugal e que desenvolve  produtos e serviços para todo o mundo Mastercard. Assim sendo, ao longo destes primeiros meses, tenho-me focado em três grandes pilares: estratégia, equipa e clientes.

Desta forma, posso fazer, desde já, um balanço muito positivo. Com centenas de colaboradores e mais de 20 nacionalidades, a Mastercard em Portugal trabalha, não só para o mercado nacional, como para todo o mundo e cresceu de forma exponencial nos últimos anos, o que faz com que se revista de uma enorme relevância estratégica para o grupo tanto a nível local, europeu e global.

Assim, estamos a trabalhar para acelerar a implementação de iniciativas estratégicas, com foco em pagamentos digitais mais simples, inteligentes e seguros, refletindo a transformação global do setor. A empresa, em Portugal, integra-se cada vez mais nos planos europeus e mundiais, já que as nossas equipas contribuem para inúmeros projetos, como por exemplo, tokenização, Click to Pay, passkeys e soluções de identidade digital, os quais reforçam a posição da Mastercard como referência global em pagamentos e segurança digital.

Mais do que desafios, vemos oportunidades crescentes na digitalização dos pagamentos, abrangendo áreas como contactless, autenticação, inteligência artificial e novos canais de pagamento. O objetivo consiste em expandir a presença da empresa nos métodos e canais emergentes, oferecendo soluções que combinam segurança, simplicidade e inovação.

Portugal desempenha também um papel essencial na estratégia de serviços da Mastercard, os quais abrangem consultoria, laboratórios de inovação, data & analytics, marketing e soluções de segurança. Estes serviços destinam-se a diversos stakeholders, como por exemplo, instituições financeiras, retalhistas e governos. Este hub português permite estreitar a relação com clientes e parceiros, testar novas soluções e contribuir para a visão europeia e global da empresa, consolidando o país como um ponto estratégico de inovação e implementação de tecnologias de pagamentos de última geração.

Nuno Loureiro, country manager da Mastercard em Portugal

O tema do evento é Racing Towards the Future, uma vez que a marca é patrocinadora da equipa de F1 da McLaren. No universo dos pagamentos e da inovação tecnológica, quais são hoje os principais circuitos onde a Mastercard acelera mais depressa e quais os maiores obstáculos que encontra pelo caminho?

No setor dos pagamentos, a Mastercard acelera, sobretudo, em três grandes frentes: tornar as transações mais simples, inteligentes e seguras. Uma das tecnologias-chave para este avanço é a tokenização, um processo que substitui os dados sensíveis de um cartão – como o número real – por um token digital único, sendo que quase metade das transações online na Europa já são tokenizadas. Este token não pode ser reutilizado nem comprometido, aumentando exponencialmente a segurança nas compras online e aproximando as taxas de aprovação de pagamentos digitais daquelas que já existem nas transações físicas. A tokenização  também é a base para soluções mais inclusivas e seguras, desde o comércio eletrónico até aos pagamentos com dispositivos móveis no mundo físico.

Outra transformação estrutural vem da inteligência artificial, que já não se limita apenas a prevenir fraude ou personalizar ofertas, mas que começa a abrir caminho para novas formas de relação do consumidor com o comércio e os pagamentos. Um exemplo emergente é o Agentic Pay: um modelo em que agentes de IA podem agir em nome do utilizador, executando tarefas como pesquisar opções, comparar preços e até concluir a compra de uma viagem ou de um serviço sem intervenção direta do utilizador. Esta tendência representa uma mudança profunda na experiência do consumidor, pois coloca a conveniência e a eficiência em primeiro plano.

Naturalmente, estas inovações também enfrentam obstáculos. O setor lida com a complexidade de integrar diferentes sistemas de pagamento, regulamentos que variam de mercado para mercado e, acima de tudo, a necessidade de manter a confiança dos consumidores num ambiente cada vez mais digital e exposto a riscos. O desafio, que acaba também por ser uma oportunidade para uma empresa inovadora como a Mastercard, passa por equilibrar velocidade de inovação com segurança, capacidade de escala e interoperabilidade entre meios de pagamento novos e tradicionais.

A tokenização, a inteligência artificial e as passkeys estão a ser descritas como mudanças que colocam o setor em verdadeira pole position. De que forma estas inovações podem transformar a experiência de consumidores e empresas em Portugal?

Estas inovações têm o potencial de transformar a experiência de pagamentos de forma profunda. A tokenização permite que os pagamentos sejam mais rápidos, seguros e protegidos contra fraude, beneficiando tanto consumidores como comerciantes. A inteligência artificial garante que cada transação seja analisada em tempo real, oferecendo recomendações personalizadas e detetando riscos de forma mais eficiente. As passkeys, por sua vez, simplificam o acesso aos serviços digitais e eliminam barreiras como palavras-passe esquecidas ou complicadas.

Para as empresas portuguesas, estas soluções traduzem-se em maior eficiência, taxas de aprovação mais elevadas e capacidade de integrar-se em soluções globais de pagamentos. Para os consumidores, significam experiências de compra mais intuitivas, confiáveis e seguras, seja em lojas físicas, online ou em novos canais digitais.

Na Fórmula 1, a performance resulta da soma de engenharia, estratégia e equipa. No caso da Mastercard, como se articula a combinação entre parcerias globais, desenvolvimento tecnológico e investimento local para manter a liderança nesta corrida?

Na Mastercard, a performance é construída da mesma forma que numa equipa de Fórmula 1. As parcerias globais permitem-nos alargar o alcance das nossas soluções e criar uma rede robusta com bancos, fintechs e comerciantes, facilitando a implementação de tecnologias como Click to Pay, stablecoins e tokenização.

O desenvolvimento tecnológico garante inovação contínua, com um foco em inteligência artificial, cibersegurança, identidade digital e infraestruturas de pagamento multimoeda e multi-rails.

Paralelamente, o investimento local permite adaptar estas soluções ao contexto português, apoiando PME, retalho e consumidores, e promovendo a inclusão financeira. Esta combinação permite que Portugal não seja apenas um mercado de consumo, mas também um laboratório estratégico para testar e escalar inovações que depois se replicam na Europa e globalmente.

Nuno Loureiro, country manager da Mastercard em Portugal

O Mastercard Innovation Forum promete mostrar como será a reta da próxima década nos pagamentos e no comércio digital. O que é que os participantes em Lisboa podem esperar deste evento e quais os sinais mais importantes que levarão consigo para o futuro?

O Mastercard Innovation Forum será como um verdadeiro Grande Prémio da inovação, onde se alinham na grelha de partida as tendências e tecnologias que vão definir o futuro dos pagamentos. Tal como numa corrida de Fórmula 1, o sucesso não depende apenas da potência do motor, mas também da estratégia da equipa, da precisão dos pit stops e da capacidade de reagir a mudanças imprevistas na pista. No evento, vamos mostrar como cada uma destas dimensões se traduz no nosso setor: motores que representam a tecnologia de ponta como a tokenização, a inteligência artificial e as passkeys; equipas que simbolizam os nossos parceiros – bancos, fintechs, retalhistas – com quem afinamos estratégias; e autênticos drivers que são, no fundo, os consumidores e empresas, a quem queremos dar a melhor performance e segurança em cada “volta” do dia-a-dia.

Os participantes poderão esperar não só uma visão clara daquilo que será a próxima década – marcada por pagamentos mais simples, inteligentes e seguros – mas também exemplos concretos de como estas soluções já estão a ser testadas e escaladas em Portugal e na Europa. O evento é, por isso, um momento para olhar para a corrida que temos pela frente, identificar curvas desafiantes como a cibersegurança ou a regulação, mas também perceber as retas de alta velocidade que podem acelerar o crescimento, como a adoção de novos métodos digitais e a integração de inteligência artificial nos pagamentos.

Tal como uma equipa de Fórmula 1 aprende com cada corrida para melhorar a seguinte, também nós, juntamente com parceiros e clientes, vamos usar este evento para partilhar conhecimento, afinar estratégias e ganhar vantagem competitiva. O sinal mais importante que os participantes levarão consigo é que a corrida pelo futuro dos pagamentos já começou, e a Mastercard está determinada a liderá-la.

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