No próximo dia 2 de outubro, o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, acolhe o Evento dos setores dos Eletrodomésticos, Eletrónica e TIC, promovido pela AGEFE – Associação Portuguesa da Indústria Eletrodigital. A conferência reunirá líderes empresariais, académicos e decisores políticos para discutir os grandes desafios e oportunidades que marcam o futuro da economia digital, da reindustrialização europeia e do consumo sustentável.
A empresas destes setores desempenham um papel estratégico na cadeia de valor da indústria eletrodigital, fornecendo soluções que são decisivas para a transição digital e energética e da descarbonização da economia em linha com os objetivos nacionais e europeus de competitividade e sustentabilidade.
Num contexto internacional marcado por fortes alterações geopolíticas e económicas, este evento pretende reforçar a reflexão em torno das condições necessárias para que Portugal possa criar mais valor nestes setores, tornando-se um hub económico e tecnológico de referência.
O evento insere-se ainda no âmbito de um projeto e de um estudo mais abrangentes que a AGEFE está a desenvolver em parceria com a EY, com apoio do FEDER, do Portugal 2030 e da União Europeia. O objetivo é entregar ao setor, ao Governo e ao País um documento estruturado que defina as condições essenciais para que a indústria eletrodigital possa crescer e afirmar-se internacionalmente. “Realizar este projeto é fazer o que é necessário! É fazer o que está certo!”, afirma o diretor-geral da AGEFE, Daniel Ribeiro, que traduz o compromisso estratégico da Associação com o futuro do País.
Oradores de referência
É neste contexto que a programação deste evento foi projetada para oferecer uma visão abrangente sobre os grandes temas que estão a moldar o futuro da economia e da sociedade. Na parte da manhã, sob o mote “Desafio 2050 – condições para criar valor em Portugal num mundo em mudança”, será debatido o impacto da transformação digital na produtividade e no papel crescente da inteligência artificial. As reflexões ficarão a cargo de Luís Aguiar-Conraria, professor na Universidade do Minho, e de Ricardo Martinho, presidente da IBM Portugal, dois especialistas que ajudarão a enquadrar como estas tendências tecnológicas estão a reconfigurar os modelos de negócio e a competitividade internacional.
Segue-se um segundo momento dedicado a “Criar Valor”, no qual estará em destaque a importância da reindustrialização europeia e os desafios que Portugal enfrenta para reforçar a sua posição neste movimento. A sessão contará com a intervenção de Paolo Falcioni, diretor-geral da APPLiA, que trará uma visão europeia sobre a necessidade de recuperar capacidade industrial, e ainda com a contribuição da EY, que apresentará a perspetiva das empresas sobre as condições necessárias para que o País se afirme como um polo atrativo e competitivo.
Durante a tarde, a atenção recairá sobre “O Valor do Consumo Sustentável”, uma reflexão sobre as novas tendências de mercado nos setores de eletrodomésticos e eletrónica, bem como sobre o papel crescente da reparação na promoção de um consumo mais responsável e duradouro. A GfK apresentará as conclusões de um estudo sobre Reparação e Consumo Sustentável, inovador em Portugal, comissionado pela AGEFE e apoiado pela ELECTRÃO e pela ERP Portugal, que muito contribuirá para compreender a evolução dos comportamentos dos consumidores e o impacto das políticas de sustentabilidade nas escolhas de compra, bem como a realidade da reparação de bens de consumo eletrónicos no nosso País. “Queremos que este encontro seja um espaço de partilha e reflexão estratégica, onde se discuta o papel das nossas indústrias na economia, mas também na construção de um modelo de consumo mais sustentável”, sublinham Luís Leitão e Vasco Falcão, presidentes dos Conselhos Sectoriais da AGEFE.
Com uma agenda marcada por oradores de referência nacionais e internacionais, o Evento dos setores de Eletrodomésticos, Eletrónica e TIC assume-se como um ponto de encontro privilegiado entre empresas, especialistas e decisores públicos para pensar o futuro de um setor crucial para a economia portuguesa.