Especialistas, decisores e empresas reúnem-se a 7 de novembro, no Sheraton Porto Hotel & Spa, para debater o papel do financiamento na transição verde.

António Cunha (Presidente da CCDR-N), Ricardo Rio (economista e ex-presidente da Câmara Municipal de Braga), Natália Alencar (Banco Português de Fomento), Luís Carvalho (APCRI) e Daniela Lima (BCSD Portugal) são alguns dos oradores confirmados na conferência “Sustentabilidade e Financiamento – Caminhos para um Futuro Verde”, organizada pela BDO no próximo dia 7 de novembro, no Sheraton Porto Hotel & Spa. O encontro pretende promover o debate sobre os desafios e oportunidades do financiamento sustentável em Portugal, num contexto “em que a transição verde assume crescente relevância económica e social”.

A BDO, reconhecida como uma das cinco maiores organizações do mundo neste setor, propõe-se reunir decisores públicos, instituições financeiras e empresas para refletir sobre como alinhar a rentabilidade com o impacto positivo, reforçando o papel do financiamento como motor de transformação sustentável.  “A sustentabilidade deixou de ser apenas uma opção estratégica para se tornar uma exigência regulatória e financeira”, refere adianta Paulo Castro, Partner da BDO Portugal. A entrada em vigor da Diretiva Europeia de Reporte de Sustentabilidade (CSRD) e a aplicação dos European Sustainability Reporting Standards (ESRS) obrigam já milhares de empresas portuguesas — e, em breve, muitas PME — a divulgar informação detalhada sobre o seu desempenho ambiental, social e de governação.

“Além da conformidade legal, esta evolução impacta diretamente o acesso ao financiamento: bancos, investidores e fundos públicos privilegiam cada vez mais projetos e organizações com práticas transparentes e sustentáveis. Neste contexto, as empresas que não se adaptarem correm o risco de perder competitividade, financiamento e reputação”, afirma Paulo Castro continuando que “o desafio é orientar o capital e os incentivos para projetos que aliem rentabilidade a impacto positivo. É esse o papel que a BDO quer assumir: contribuir para que a sustentabilidade se traduza em valor económico, social e ambiental”.

O programa inclui ainda as intervenções de Vera Duarte (Manager de Sustentabilidade da BDO), que abordará “a importância de escolher o referencial certo no contexto certo”, e de Pedro Almeida (Manager de Incentivos da BDO), que destacará “como os incentivos públicos impulsionam a transição verde”. O evento culminará com um painel de empresas, onde serão partilhados testemunhos de organizações de diferentes setores que estão a integrar a sustentabilidade nas suas estratégias de crescimento.

Programa

09h20 – Boas-vindas – Jorge Alves (Partner BDO | Sustainability)

09h30 – Sessão de abertura – António Cunha (Presidente CCDR-N)

09h45 – Painel institucional

• Ricardo Rio (Economista | Ex-Presidente da CM Braga)

• Natália Alencar (Coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade | BPF)

• Luís Carvalho (APCRI)

• Daniela Lima (BCSD Portugal)

11h30 – Sustentabilidade com sentido: a escolha do referencial certo, no contexto certo – Vera Duarte (BDO)

11h45 – Financiar o Futuro: Como os Incentivos Públicos Impulsionam a Transição Verde – Pedro Almeida (BDO)

12h00 – Painel de empresas • Grupo Casais • Colquimica • Transportes Rodoviários J. Barroso, Lda

12h45 – Sessão de encerramento – Paulo Castro (Partner BDO | Advisory)

Sobre a BDO

A BDO é uma das maiores organizações de auditoria e consultoria do mundo, presente em mais de 160 países. Em Portugal, a BDO apoia empresas e instituições na adoção de práticas sustentáveis e na integração da sustentabilidade como fator de competitividade e valor. Com equipas multidisciplinares nas áreas de Sustentabilidade, ESG, Financiamento e Incentivos, a BDO ajuda as organizações a aceder a fundos europeus e linhas verdes, medir o impacto ambiental e social e a definir estratégias que conciliem conformidade, crescimento e responsabilidade.

Sustentabilidade financeira: alinhar valor económico com impacto positivo

A sustentabilidade financeira traduz-se na capacidade de garantir crescimento económico equilibrado, assegurando simultaneamente a preservação ambiental e o bem-estar social. No contexto empresarial, significa integrar critérios ESG (Environmental, Social and Governance) na gestão e nas decisões de investimento, de forma a criar valor a longo prazo. Exemplos práticos incluem o financiamento de projetos de energia renovável, a requalificação energética de edifícios, o desenvolvimento de produtos com menor pegada ambiental ou o acesso a incentivos públicos que premiem empresas com práticas responsáveis. Estes instrumentos permitem não apenas reduzir custos e riscos, mas também aumentar a competitividade e o acesso a novas fontes de capital, como obrigações verdes, fundos de transição climática e linhas de crédito sustentáveis.