Austeridade também se faz sentir no índice Big Mac
O preço do Big Mac em Portugal e nos países da periferia da Europa, excepto em Itália, tem vindo a reduzir-se face à média europeia, um reflexo do ajustamento destas economias, de acordo com uma análise de Gustram Wolff, investigador do “think thank” europeu Bruegel, citada pelo “Público”.
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O estudo tem por base os dados do preço do hambúrguer da cadeia norte-americana, que a revista “The Economist” recolhe semestralmente desde 2000 a nível global. E mostra que, no último ano e meio, os países periféricos têm vindo a reduzir os custos dos seus bens face à média do euro, devido aos programas de austeridade que estão a ser implementados nestas economias.
Pelo contrário, os países do centro da Europa fizeram o contrário, aumentando os preços acima da média da zona euro.
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Com base nestas diferenças de comportamento, Gustram Wolff conclui que está a haver um ajustamento das diversas economias do euro, que está a permitir que os países periféricos ganhem competitividade nas trocas comerciais face ao centro.
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Em Portugal, por exemplo, o preço do Big Mac passou de um preço de 2,9 euros, em Julho de 2011, para 2,95 euros em Janeiro último. Esta subida de cinco cêntimos corresponde a um terço do aumento verificado na média da zona euro, onde os preços passaram de 3,44 para 3,59 euros, no mesmo período. Entre os 12 países analisados, Portugal é país em que o hambúrguer do McDonald’s tem o segundo preço mais baixo, a seguir à Estónia.
Também na Irlanda (menos 45 cêntimos), Espanha, Grécia, Bélgica, Finlândia e França houve descidas do preço do Big Mac face à média da zona euro. Pelo contrário, na Alemanha, Áustria, Estónia, Holanda e Itália houve subidas do valor do hambúrguer. O facto de a Itália protagonizar a excepção face ao resto da periferia do euro leva o investigador a questionar a eficácia das medidas de austeridade adoptadas pelo governo de Mário Monti.
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