Autarca de Espinho detido por suspeitas de corrupção
O presidente da Câmara Municipal de Espinho, Miguel Reis, foi detido pela Polícia Judiciária esta terça-feira. Em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências no licenciamento de projetos imobiliários.
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Em causa estão "projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", revela um comunicado da PJ.
De acordo com a Polícia Judiciária, foram feitas cerca de 20 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários da autarquia e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto. Foram detidas cinco pessoas, entre elas Miguel Reis, três empresários e o chefe da divisão de obras, avança a RTP.
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A operação contou com a presença de magistrados do DIAP Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como peritos informáticos de várias estruturas da PJ. Os detidos vão agora ser presentes à autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para um primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação adequadas.
Esta manhã o Correio da Manhã tinha noticiado que estavam a decorrer buscar no departamento de obras da Câmara Municipal de Espinho, na sequência de um processo derivado de queixas e denúncias de licenciamentos feitos desde 2018 pelo departamento de urbanismo.
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O arquiteto Miguel Reis, do Partido Socialista, foi eleito com maioria absoluta presidente da Câmara nas autárquicas de 2021, dando o poder de volta aos socialistas depois de 12 ano de governação social-democrata, e ocupou o cargo de vereador no anterior mandato. O elemento do PS foi ainda foi vogal da Assembleia de Freguesia de Anta e deputado na Assembleia Municipal de Espinho.
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