"Exportações no PIB só se forem de valor acrescentado"
Mesa redonda | Antes da entrega dos Prémios Exportação, o administrador do BES, o presidente da Altri, o embaixador do Brasil em Portugal, o economista Alberto Castro, o administrador da Hovione e o presidente da MSF falaram das dificuldades e do futuro das empresas exportadoras.
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Perante a necessidade de expandir o seu negócio, ou simplesmente sobreviver, as empresas portuguesas estão a dar cartas no mercado internacional. São cada vez mais as indústrias que apostam na venda de produtos e serviços no exterior, sem esperar que a retoma nacional aconteça. "Acredito que o investimento privado vai chegar primeiro que o investimento público", disse Carlos Fortunato, presidente da MSF, durante a entrega de Prémios Exportação, promovidos pelo Negócios em parceira com o BES.
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Apesar do contexto, "o negócio está óptimo, está fantástico", admitiu Guy Vilax, administrador da Hovione. No entanto, ser de Portugal tem efeitos práticos nas exportadoras, uma vez que "a Hovione foi obrigada a pagar mais 400 pontos-base [na dívida] pelo Risco País e isso tem um impacto no EBITDA, e os accionistas acham uma maçada".
Já a Altri, que tem dedicado a sua actividade à internacionalização, "regressa" a Portugal. "A Altri esta focada nos mercados externos, mas há alguma retoma na confiança, alguma retoma do crédito", disse Paulo Fernandes, Presidente da Altri.
Já o economista Alberto Castro alertou que a ligação do aumento das exportações com a riqueza gerada no país não é a relação mais indicada. "A ligação das exportações com o PIB é um equívoco. Porque há menos valor acrescentado. Só se fossem todas de valor acrescentado nacional como a Altri e a Hovione".
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Mário Vilalva, embaixador do Brasil em Portugal, acredita, por seu turno, que "já se bateu no fundo, mas os países não podem relaxar". O responsável acredita que o futuro só pode passar pelo crescimento e que estas empresas exportadoras serão um ingrediente fundamental. Com esta esperada retoma há novas oportunidades de negócio e Mário Vilalva admite que as empresas brasileiras conhecem melhor Portugal e querem continuar a investir no País. "Participámos em todas as privatizações, só ganhámos uma e de certeza que vão continuar a participar", acrescentou.
13
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Foram 13 as entidades que foram consagradas na terceira edição dos Prémios Exportação.
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Se houver investimento haverá aumento das exportações.
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António Souto, Administrador Executivo do BES
O que iria melhorar a nossa competitividade era uma aposta na floresta.
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Paulo Fernandes, Presidente da Cofina
Quando houve o resgate tive que fazer alguns telefonemas a clientes.
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Guy Vilax, Administrador da Hovione
O instrumento das PPP é óptimo, mas foi diabolizado e poderia ser um bom instrumento para o crescimento. Mas não vai ser utilizado tão cedo.
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Carlos Fortunato, Presidente da MSF
Os vencedores
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Da indústria à construção foram 13 as empresas ou entidades galardoadas na edição deste ano.
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Os vencedores | A terceira edição dos Prémios Exportação Negócios/BES distinguiu, nesta quarta-feira, as empresas que mais se evidenciaram em 2012
Os vencedores
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Iniciativa distingue empresas em quatro categorias, incluindo menções honrosas
Grande Empresa - Bens Transaccionáveis
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Vencedor: Metalcértima
Menção Honrosa: Sogrape
Grande Empresa - Serviços
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Vencedor: Conduril
Menção Honrosa: Etermar
Prémio Exportação + Emprego
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Vencedor: Petratex
Exportadora capitais estrangeiros
Vencedor: Ogma
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Exportadora Revelação
Vencedor: Rari
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PME Exportadora - Bens transaccionáveis
Vencedor: Grestel
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Menção Honrosa: Granorte
PME Exportadora - Serviços
Vencedor: Promarinha
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Menção Honrosa: Tufama
Menção Honrosa: Geocontrole
Associação Empresarial
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Vencedor: ATP
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