FMI pede a Costa que adie devolução de rendimentos
O Fundo Monetário Internacional (FMI) não acredita nas metas orçamentais que o Governo português traçou para este ano e pede que sejam tomadas medidas adicionais que permitam uma redução do défice e da dívida. Mas mais: a instituição deixa uma receita clara à equipa de António Costa, que passa por adiar as medidas que devolvem rendimentos.
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"Do lado da despesa, as propostas que dizem respeito à reversão total dos salários dos funcionários públicos este ano devem ser recondideradas para um período de tempo mais longo, enquanto ao mesmo tempo devem ser desenvolvidas propostas mais concretas de redução das despesas", lê-se no relatório da terceira avaliação pós-programa que o Fundo divulgou esta sexta-feira.
"Também do lado da receita, a reversão da sobretaxa de IRS e a redução do IVA para algumas categorias deve ser adiada até que seja identificado espaço orçamental para o fazer", acrescenta o relatório.
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O FMI prevê que o défice deste ano fique em 2,9%, depois de 4,4% em 2015. Além disso, a instituição acredita que o Governo não vai conseguir fazer um ajustamento orçamental. Pelo contrário, o défice estrutural agrava-se em 0,5 pontos percentuais do PIB, para 2% do PIB. Quanto à dívida pública, as projecções do Fundo apontam para uma descida de 128,8% para 127,9% do PIB, entre 2015 e 2016.
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