IA pode adicionar 0,8% ao crescimento económico mundial, diz diretora-geral do FMI

"A IA só poderá ser valiosa se contribuir para o aumento da produtividade, fizemos as nossas avaliações e, na nossa opinião, a IA certamente contribuirá para o crescimento entre 0,1% e 0,8%", referiu Kristalina Georgieva, em conferência de imprensa.
Kristalina Georgieva diz que IA poderá melhorar produtividade
Jose Luis Magana / AP
Lusa 16 de Outubro de 2025 às 15:31

O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a aplicação da inteligência artificial (IA) possa adicionar até oito décimas ao crescimento mundial, melhorando a produtividade, disse esta quinta-feira a diretora-geral do organismo, Kristalina Georgieva.

"A IA só poderá ser valiosa se contribuir para o aumento da produtividade, fizemos as nossas avaliações e, na nossa opinião, a IA certamente contribuirá para o crescimento entre 0,1% e 0,8%", referiu Georgieva, em conferência de imprensa.

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"Este (aumento do crescimento global) é significativo, lembrem-se de que estamos presos a um crescimento de cerca de 3% neste momento e, se extrairmos esse tipo de aumento do crescimento, seria algo muito significativo para o mundo", acrescentou.

Na sua conferência de imprensa central das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial (BM), Georgieva considerou que a economia global ainda não está a experimentar uma penetração da IA que demonstre a sua contribuição para o aumento da produtividade e alertou que, atualmente, o fundamental é preparar as infraestruturas de cada país para se estabelecerem nesta corrida tecnológica.

Georgieva lembrou que, neste momento, a explosão está centrada em investimentos de capital multimilionários em IA e que "os Estados Unidos se destacam muito mais" do que o resto do mundo, seguidos pela China.

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"O 'boom' dos investimentos em IA está a trazer um otimismo incrível, especialmente nos Estados Unidos", acrescentou a diretora-geral.

O relatório World Economic Outlook, apresentado esta terça-feira pelo FMI, indicou que este tipo de investimento compensou a queda e a fraqueza dos restantes investimentos na primeira economia mundial.

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