Novo hospital de Lisboa só deve começar a funcionar em 2020
O novo hospital de Lisboa Oriental, que vai concentrar vários dos actuais hospitais que se localizam no centro da capital, só deverá abrir em 2020. A previsão é do vereador do urbanismo da câmara de Lisboa, Manuel Salgado. A data de abertura da nova unidade de saúde é relevante porque, como os hospitais da Colina de Santana vão ser transferidos para o novo hospital de Todos os Santos, não se pode dar andamento à maioria dos projectos imobiliários para a zona enquanto essa transferência não ocorrer.
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O vereador divulgou esta previsão durante um debate sobre a Colina de Santana, zona central na cidade de Lisboa onde se localizam três hospitais, ainda em funcionamento, que serão transferidos para o novo hospital. A Estamo, empresa pública que é dona dos imóveis, já tem diversos projectos imobiliários para converter os terrenos dos hospitais a desactivar. Mas só os pode pôr em prática quando eles fecharem, e o pessoal e material forem transferidos para o novo.
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“É muito difícil que o hospital de Todos os Santos esteja em funcionamento antes de 2020”, afirmou Manuel Salgado. E só quando o novo hospital abrir “é que os actuais vão passar para lá”, detalhou. Em causa estão os hospitais de São José (na foto), Santa Marta e Capuchos, que estão em funcionamento na zona da Colina de Santana.
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Esta previsão faz derrapar e muito as estimativas do Governo. Inicialmente, estava previsto que o novo hospital entrasse em funcionamento em 2016, dentro de cerca de dois anos. Porém, devido à anulação do primeiro concurso para a construção desta unidade de saúde, e à consequente abertura de um novo procedimento, os prazos derraparam e, segundo o “Público”, o Executivo estabelecera 2017 como o ano de abertura do hospital, que se irá localizar em Marvila, na zona oriental de Lisboa. Recentemente, em entrevista ao Negócios, o ministro Paulo Macedo recusou comprometer-se com uma data.
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A câmara de Lisboa faz contas bem distintas, duplicando os prazos anteriormente previstos pelo Governo. Em vez de 2017, ou seja, dentro de três anos, a autarquia prevê que a abertura do Todos os Santos se faça apenas em 2020.
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O único hospital em que pode haver uma intervenção urbanística sem estar dependente da transferência para o novo é o Miguel Bombarda, que já está desactivado. No projecto encomendado pela Estamo, prevê-se a construção de seis blocos residenciais nos terrenos deste antigo hospital psiquiátrico.
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O Hospital de Todos os Santos vai concentrar os actuais hospitais dos Capuchos, São José, Santa Marta, Curry Cabral, Estefânia, Capuchos e ainda a Maternidade Alfredo da Costa.
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