Protesto dos "coletes amarelos" no Marquês de Pombal com tensão entre polícia e manifestantes
A concentração de cerca de 70 "coletes amarelos" no Marquês de Pombal, em Lisboa, tem sido marcada por alguns momentos de tensão entre os manifestantes e a polícia, constatou a Lusa no local.
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Perto das 10:00, com uma 'caixa de segurança', a polícia obrigou os participantes que se juntaram na rotunda a ir para o passeio lateral da Avenida da Liberdade, perante alguns gritos de protesto, mas sem registo de incidentes.
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O grupo sentou-se então no chão, enquanto da coluna de som se ouviu o hino francês.
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Cerca das 10:30, quando o cordão policial foi furado, viveram-se novos momentos de tensão.
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Os manifestantes pretendem iniciar a partir daquela zona uma marcha em direcção à Assembleia da República.
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Entretanto, o trânsito no anel interior da rotunda do Marquês foi reaberto temporariamente, mas voltou a ser fechado.
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Concentrado no início da Avenida da Liberdade desde as 10:00, o grupo já se fragmentou, com algumas pessoas a desistirem e a abandonarem a caixa de segurança.
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Um porta-voz do grupo apelou a que o caminho para o parlamento seja feito ordeiramente, referindo que estão "contra a política e não contra os polícias".
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"Vamos para a 'casa mãe', não faz sentido estar aqui à espera. Quem se quiser juntar sem stresse, juntam-se depois", disse.
O "colete amarelo" saudou ainda o ministro da Administração Interna por ter colocado na rua mais polícias do que os manifestantes presentes.
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O número de polícias é bastante superior ao dos manifestantes, estando os agentes localizados em todos os pontos da rotunda do Marquês de Pombal, constatou a Lusa no local.
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É visível também um grupo de cerca de 30 elementos do Corpo de Intervenção.
As viaturas da polícia seguem no final do cordão.
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Os protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
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Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na electricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
Não tolerando qualquer ato de violência ou vandalismo, este movimento, que se intitula como "pacífico e apartidário", defende também o combate contra a corrupção.
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A lista das manifestações dos "coletes amarelos" na área de actuação da PSP somava 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.
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