Salários da Função Pública aumentaram 9,5% no Verão
Os funcionários públicos recuperaram em média 9,5% do salário total bruto (incluindo suplementos) entre Abril e Julho deste ano. Os dados, divulgados esta segunda-feira pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), reflectem a evolução registada depois da decisão do Tribunal Constitucional (TC), que no final de Maio declarou os cortes que até então estiveram em vigor inconstitucionais.
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De acordo com os dados da DGAEP, em Abril os funcionários públicos registavam em média um ganho de 1.516 euros brutos mensais, o que inclui salário base e suplementos. Em Julho, já depois da decisão do Constitucional, o ganho subiu para 1.659 euros por mês, num aumento de 9,5%. Se considerarmos apenas o salário base, a subida é maior, de 9,9%.
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As reduções inicialmente previstas no Orçamento do Estado para 2014 afectaram nos primeiros cinco meses do ano remunerações a partir dos 675 euros, com reduções que variavam entre os 2,5% e que chegavam a 12% para salários brutos de 2.000 euros. A decisão do Tribunal Constitucional não teve efeitos retroactivos.
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Governo introduziu novos cortes
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A informação agora publicada dá uma ideia da dimensão dos cortes declarados inconstitucionais, que se aplicaram sobre os salários brutos. Mas por ignorar o valor líquido não traduz o vencimento que os funcionários públicos levam efectivamente para casa, que também é afectado por impostos e descontos para a CGA e para a ADSE. E Maio foi precisamente o mês em que entrou em vigor o aumento dos descontos para a ADSE, de 2,5% para 3,5%.
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A informação estatística agora publicada pelo organismo tutelado pelo Ministério das Finanças ainda não tem em conta a reintrodução de cortes mais baixos que entrou em vigor em meados de Setembro e que se aplicou às remunerações superiores a 1.500 euros, com cortes que variam entre os 3,5% e os 10%. A partir de 1 de Janeiro um quinto deste corte vai desaparecer, de acordo com uma lei já aprovada e viabilizada pelo TC.
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A informação divulgada esta segunda-feira também revela que a 30 de Setembro existiam 646 mil trabalhadores do Estado, numa quebra de 2,2% face a Junho deste ano e de 3,6% em termos homólogos.
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Desde o final de 2011, o Estado perdeu quase 80 mil trabalhadores.
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[Actualizado às 22h30 com mais contexto]
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