Ulrich: "O país aguenta mais austeridade?...ai aguenta, aguenta!"
"Não gostamos, mas [Portugal] aguenta, e choca-me como há tanta gente tão empenhada, normalmente com ignorância com o que está a dizer ou das consequências das recomendações que faz, a querer nos empurrar para a situação da Grécia", disse o banqueiro.
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Seguindo o mesmo raciocínio, Fernando Ulrich acrescentou que fica "absolutamente boquiaberto" perante pessoas com tanta responsabilidade, "raramente da maioria ou no poder", que fazem recomendações e considerações que "terão como consequência levar Portugal, num tempo relativamente curto, para a situação da Grécia".
O presidente executivo do BPI deu assim exemplos da situação da Grécia em que o desemprego "já está em 23,8%" e chegará aos 25,4% no próximo ano. Apesar disso, "os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho de mais veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos".
Pelo que Portugal deve apresentar à Europa, "de uma forma credível", um programa de longo prazo "em que eles também percebam que têm alguma coisa a ganhar", porque "ir de mão estendida a dizer ajudem-nos, isso não vai a lado nenhum. Ficaremos como a Grécia e essa opção rejeito", sublinhou.
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