Ventura revela mais nomes do governo sombra. Rui Teixeira Santos fica com "pasta" das Finanças

O professor univeritário do ISG acumula também com a Economia. Já o ex-ministro do PSD Rui Gomes da Silva ficará com a Justiça.
Ventura vai formar governo sombra
Miguel A. Lopes Lusa/EPA
Negócios com Lusa 20:33

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta sexta-feira mais nomes para o governo sombra que o partido vai formar. O antigo ministro dos Assuntos Parlamentares Rui Gomes da Silva ficará com a "pasta" da Justiça e Rui Teixeira Santos com a Economia e Finanças.

Teixeira Santos, doutorado em Ciência Política, é professor associado do Instituto Superior de Gestão (ISG) e esteve também ligado ao setor dos media como empresário.    

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Em Évora, à entrada para a abertura da Academia da Juventude do Chega, André Ventura revelou ainda que o eurodeputado Tiago Moreira de Sá ficará com os Negócios Estrangeiros, enquanto o deputado Nuno Simões de Melo terá a seu cargo a Defesa.

Já Miguel Corte-Real, candidato do partido à Câmara do Porto nas eleições autárquicas de 12 de outubro, vai trabalhar na área da reforma do Estado do governo sombra, adiantou André Ventura.

Na quinta-feira, em entrevista ao Now, Ventura tinha já anunciado quatro ministros: a professora universitária Teresa Nogueira Pinto, na área da Cultura, o ex-bastonário da Ordem dos Veterináros Jorge Cid, na área da Agricultura, Fernando Silva, membro da CNE, para a Administração Interna e o médico Horácio Costa, na Saúde, foram os nomes adiantados.

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Outros nomes que deverão integrar o executivo virtual serão o professor unversitário Alexandre Franco de Sá (Educação, Ciência e Inovação) e a arquiteta Margarida Bentes Penedo (Habitação). 

"O Chega conseguiu definir um elenco de grande relevo, de pessoas independentes, com presença na sociedade civil e com um currículo também forte para assumirem um desafio que é inédito em Portugal, que é de criar um governo-sombra, que faça sombra e escrutínio ao atual Governo", afirmou André Ventura.

Referindo-se a Rui Teixeira Santos, professor no Instituto Superior de Gestão (ISEG), o líder do Chega salientou que "tem trabalho feito na área da economia, das finanças e também no combate à corrupção" e possui "conhecimento e prestígio, em termos de currículo, inegável".

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Já sobre Rui Gomes da Silva, o dirigente político lembrou que "foi, de facto, ministro de um governo do PSD" e "desde sempre" militante social-democrata e mostrou-se orgulhoso por poder contar com o seu contributo no "governo-sombra".

"Vamos ter rapidamente uma estratégia anticorrupção para implementar e vamos escrutinar o Governo em todas as áreas, também relacionadas com a corrupção, e apresentar propostas", notou.

Segundo André Ventura, muitos elementos deste "governo-sombra" são independentes e não têm ligação ao Chega, havendo até alguns que já o criticaram ou ao partido.

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"Queria mostrar ao país que é possível ter um Governo de pessoas com qualidade, que se disponibilizam a fazer este trabalho com independência e a aportar também esta ideia de que se pode ser ministro, competente e não ser uma pessoa ligada diretamente ao aparelho partidário", frisou.

Questionado sobre se o "governo-sombra" é melhor que o liderado por Luís Montenegro, o presidente do Chega foi perentório: "Só faz sentido o líder da oposição apresentar um governo-sombra se for porque acredita que é muito melhor do que o Governo que temos".

André Ventura admitiu que, para a constituição deste "governo-sombra", alguns que foram convidados não aceitaram e outros voluntariaram-se e ficaram de fora por opção do partido.

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De acordo com o líder do Chega, o partido vai realizar um evento, nos próximos dias, para apresentar todo o elenco do "governo-sombra".

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