Estado de emergência: Que serviços encerram e quais os que se mantêm

Os serviços públicos fecham, bares e restaurantes também, bem como todos os equipamentos culturais. Mantêm-se apenas os estabelecimentos que comercializam bens essenciais. Take away e vendas online encorajadas.
Manuel de Almeida Lusa/EPA
Filomena Lança 19 de Março de 2020 às 19:08

O Governo aprovou esta quinta-feira um conjunto de medidas para colocar no terreno o estado de emergência ontem decretado pelo Presidente da República. Assim, foi determinado que a generalidade dos estabelecimentos com atendimento ao público deve fechar portas.

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Numa conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, António Costa anunciou que os serviços públicos vão dar o exemplo, com a "generalização de utilização do teletrabalho e recurso ao atendimento telefónico ou online, evitando o presencial, que só existirá por marcação". Assim, serão, desde logo, "encerradas as lojas do cidadão, pontos de grande aglomeração de pessoas, mas mantêm-se os postos aos cidadãos juntos das autarquias locais", esclareceu o primeiro-ministro.

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Para as atividades económicas em geral, o apelo é que mantenham a sua atividade normal, "salvo os casos de atividades de atendimento publico" ou se for declarada a calamidade pública local, como já aconteceu em Ovar. Porém, "para as atividades económicas que envolvem atendimento ao público, a regra é o seu encerramento".

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Há porém um conjunto de exceções, ou seja, de estabelecimentos que podem manter-se abertos. Entre eles estão as padarias, mercearias, supermercados e hipermercados, bombas de gasolina, farmácias ou quiosques, enumerou António Costa. Em suma, os estabelecimentos que comercializem produtos essenciais "podem e devem manter-se abertos", sublinhou. Estes estabelecimentos deverão cumprir com um conjunto de regras, nomeadamente de permanência e distância entre as pessoas. Devem igualmente cumprir todas as normas de higienização de superfícies ou utilização de equipamentos de proteção e, sempre que possível, devem "atender preferencialmente à porta ou ao postigo".

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Banca e seguros também vão manter portas abertas, embora na generalidade dos casos esteja a ser dada prioridade ao atendimento online.

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Todas devem também "assegurar as condições de proteção individual dos trabalhadores ao seu serviço", alertou Costa.

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Já os centros comerciais serão encerrados com exceção, no seu interior das lojas suprarreferidas, designadamente os supermercados.

 

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Restaurantes fechados, take away encorajado

 

Também a restauração em geral, estabelecimentos de bebidas, pastelarias serão encerrados no atendimento ao publico, "mas apelamos a que se mantenham para taka away e entregas ao domicílio", por forma a "apoiar todos os que tenham de estar confinados ao seu domicílio", pediu o primeiro-ministro.

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Os estabelecimentos que devem encerrar, por força das regras agora aprovadas, e que não o façam sujeitam-se a ser confrontados pelas forças de segurança. Estas vão fiscalizar e "atuarão numa dimensão repressiva, encerrando estabelecimentos ou fazendo cessar atividades", avisou António Costa. Para já, no entanto, não está previsto nenhum quadro sancionatório.

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