Costa promete acabar com prova de acesso à carreira docente
Estas posições foram assumidas esta quarta-feira pelo líder socialista num debate sobre educação, com a participação de professores e de funcionários educativos, na Escola Secundária Ferreira de Castro em Oliveira de Azeméis.
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"A prova de acesso à carreira docente será eliminada", declarou António Costa, em resposta a uma das muitas perguntas formuladas por professores, a maioria delas incidindo sobre a organização do sistema educativo.
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Além de garantir que eliminará esta prova de acesso, o secretário-geral do PS criticou um recente de despacho que sujeita os alunos do 4.º ano do Ensino Básico a exame de inglês. "É notável este despacho, sobretudo porque vindo do mesmo Governo que desvalorizou o ensino do inglês logo no Ensino Básico", apontou.
Em termos de política global de educação, nas suas duas intervenções, o líder socialista voltou a fazer uma autocrítica, dizendo que pretende "retomar o diálogo com as escolas", porque "não é possível fazer reformas sem mobilizar os agentes educativos".
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António Costa criticou, também, as sucessivas descontinuidades que são introduzidas no sistema educativo sempre que há uma mudança de orientação política no Governo, contrapondo que, com o PS, "não regressará tudo à estaca zero".
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Neste contexto, o secretário-geral do PS defendeu a necessidade de conferir "estabilidade" ao corpo docente, sobretudo nos processos anuais de colocação de professores.
Antes de António Costa tinha falado no debate o cabeça de lista socialista por Viana do Castelo, Tiago Brandão Rodrigues, investigador e que é apontado nos meios socialistas como um dos candidatos a uma pasta governativa na educação caso o PS forme Governo.
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O investigador vindo de Cambridge (Reino Unido) defendeu a tese de que a escola pública em Portugal "só não está em causa neste momento devido à resiliência do corpo docente e dos funcionários educativos".
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Insurgiu-se, também, contra a lógica tecnocrata, que secundariza a área da educação na acção do Governo. "Cada euro investido no conhecimento rende mais juros do que um euro na banca", advogou Tiago Brandão Rodrigues, depois de o membro do Secretariado Nacional do PS Porfírio Silva ter abordado os princípios base da plataforma para a educação do seu partido.
"É preciso deixar a escola respirar e investir nos agentes educativos. Aprendemos com a realidade", declarou, também numa espécie de autocrítica à experiência de governos socialistas nesta área.
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