Trabalho temporário em Portugal recua no segundo trimestre
O trabalho temporário recuou ligeiramente no segundo trimestre, em termos homólogos e face ao mesmo período de 2019, mas manteve-se acima dos números alcançados nos períodos comparáveis de 2020 e 2021, revelam os Barómetros do Trabalho Temporário do ISCTE e da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPERH).
PUB
O número de colocações entre abril e junho registou uma queda homóloga de 1,5% e um tombo de 11% face ao mesmo período de 2019, para um total de 101.634.
Numa análise mensal, registou-se um decréscimo de colocações de trabalho temporário de menos 342 pessoas em abril (-1%), 422 pessoas em maio (-1,2%) e 754 pessoas em junho (-2,2%), relativamente ao período homólogo.
PUB
Já face aos mesmos períodos de 2021 e 2020, o número de colocações em trabalho temporário escalou 9,5% e 58,6%, respetivamente.
O ISCTE e a APESPERH dão ainda conta que o índice do trabalho temporário (Índice TT), que tinha estabilizado desde novembro de 2022, "volta a demonstrar um decréscimo gradual desde o início do ano, fixando-se em 0,99 em abril e maio e 0,98 em junho".
PUB
"Estes valores são inferiores ao índice registado nos meses homólogos do ano anterior", frisam ambas as organizações.
Maioria dos trabalhadores temporários têm o ensino básico
A maioria dos trabalhadores temporários continuam a ser pessoas com o ensino básico (59% a 60% no segundo trimestre do ano).
PUB
As colocações de indivíduos com ensino secundário (entre 33% a 34%) ocupam o segundo lugar, enquanto as pessoas com licenciatura mantêm uma fatia de cerca de 6% das colocações.
As empresas de fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis mantiveram-se como o setor que mais empregou trabalhadores a prazo, através deste tipo contratual (11% a 12% do total). O pódio é fechado por companhias que fornecem refeições para eventos e outras atividades (8% a 9%) e que trabalham em atividades auxiliares dos transportes (entre 6% a 7%).
Na distribuição do trabalho temporário por principais profissões, destacam-se as "outras profissões elementares" (entre 25% e 28%), seguindo-se os "empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes" (entre 17% e 18%). Em terceiro lugar, estão os "trabalhadores qualificados do fabrico de instrumentos de precisão, joalheiros, artesãos e similares" (entre 8% e 9%).
PUB
Ao nível da distribuição etária, entre 27% a 28% dos colocados no segundo trimestre tinham uma idade média acima dos 40 anos.
Saber mais sobre...
Saber mais ISCTE APESPERH Barómetros do Trabalho Temporário Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos economia negócios e finanças trabalho indústria metalomecânica e engenharia desempregoMais lidas
O Negócios recomenda