Elisa Ferreira "aprovada" pela comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu

A comissária indigitada Elisa Ferreira já foi aprovada pela comissão de Assuntos Jurídicos. Na próxima semana será ouvida pela comissão do Desenvolvimento Regional.
Paulo Duarte
Lusa 25 de Setembro de 2019 às 12:28

A comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu (PE) deu hoje "luz verde" à comissária indigitada por Portugal, Elisa Ferreira, depois de analisar os esclarecimentos adicionais que havia solicitado, revelaram fontes parlamentares à agência Lusa.

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Aquela comissão parlamentar tinha levantado na quinta-feira questões sobre Elisa Ferreira, por a anterior vice-governadora do Banco de Portugal deter ações no grupo Sonae, que entretanto foram vendidas pela comissária designada por Portugal.

As mesmas fontes esclareceram que tal significa que a comissária indigitada por Portugal recebeu "luz verde" da JURI e que será ouvida em 02 de outubro pela comissão de Desenvolvimento Regional da assembleia europeia, em Bruxelas, numa audição que terá início às 18:30 locais (menos uma hora em Lisboa), com a participação de eurodeputados das comissões de Orçamentos e de Assuntos Económicos e Monetários.

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Responsável por avaliar "conflitos de interesses potenciais ou reais dos comissários indigitados" pela presidente eleita do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, a comissão de Assuntos Jurídicos tinha levantado, na quinta-feira, questões sobre Elisa Ferreira, por a anterior vice-governadora do Banco de Portugal deter ações no grupo Sonae, pedindo-lhe esclarecimentos adicionais.

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No mesmo dia, em comunicado, a equipa da comissária indigitada deu conta de que, "perante questões levantadas sobre a detenção de ações da Sonae SGPS", Elisa Ferreira tinha decidido dar ordem de venda às ações, com o valor estimado de 13.800 euros.

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"A JURI perguntou-me de se eu não poderia vender uma participação acionista muito pequenina numa empresa portuguesa e eu, imediatamente, até antes da carta [daquela comissão] chegar já tinha vendido, porque de facto não tinha nenhum interesse naquilo, e se aquilo era perturbador, tudo bem", esclareceu, na terça-feira, em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas.

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Segundo Elisa Ferreira, "foi o único assunto que o PE levantou" sobre si, considerando que "o escrutínio dos conflitos de interesses das pessoas faz parte" do processo e que é "muito bom que sejam postas as coisas de uma forma clara".

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"É, no fundo, criar as condições para que, se tudo correr bem, a fase que agora se inicia, seja uma fase em que não haja dúvidas que surgem sobre o que é que move as pessoas no exercício das suas funções", completou a comissária indigitada, nas declarações após ter estado reunida com o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.

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(Notícia atualizada às 12:50 com mais informação)

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