Primeiro-ministro britânico sob pressão após derrotas nas eleições
Foi um resultado "difícil" para os conservadores, como o próprio já admitiu, mas Boris Johnson veio garantir que não pretende baixar os braços, prometendo ouvir as preocupações dos eleitores e fazer mais para enfrentar a crise provocada pelo aumento dos preços.
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Em declarações aos jornalistas no Ruanda, onde se encontra para participar numa reunião de países da Commonwealth, Johnson afirmou que "enquanto governo, devemos ouvir o que os eleitores dizem, em particular em relação às dificuldades que as pessoas estão a passar devido ao aumento do custo de vida, que penso ser a maior preocupação para a maioria".
O saldo de dois assentos parlamentares a menos, resultante das eleições legislativas parciais realizadas nesta quinta-feira - um a sul e outro a norte, conquistado aos trabalhistas nas anteriores eleições - indicia que a coligação eleitorial de Boris Johnson, constituída depois das eleições nacionais de 2019, "pode estar a fragmentar-se", escreve a Reuters.
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Esta derrota é mais um precalço para o primeiro-ministro, depois dos escândalos das festas durante a pandemia e numa altura em que o aumento de preços faz com que muitos britânicos enfrentem dificuldades.
Johnson tem conseguido manter-se à tona, resistindo às pressões para renunciar, depois de ter sido multado pelas festas em Downing Street e, já este mês, ter sido apresentada uma moção de confiança no Parlamento em que 41% dos deputados conservadores votaram contra ele.
A pressão aumenta agora, depois da derrota em Tiverton e Honiton, no sudoeste da Inglaterra, e em Wakefield, a norte. O presidente do Partido Conservador, Oliver Dowden, renunciou e na carta que apresentou deixa implicito que, na sua opinião, Johnson deveria assumir a responsabilidade pelas derrotas nas eleições.
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