Costa: Direitos dos cidadãos são "a prioridade clara" no Brexit
"Há para nós uma prioridade clara, reafirmada aliás de uma forma muito unânime por todos os Estados-membros: definir rapidamente a situação dos cidadãos. Dos cidadãos britânicos que residem e pretendem continuar a residir na UE, dos cidadãos da UE, desde logo dos cidadãos portugueses, que residem e pretendem continuar a residir no Reino Unido", declarou.
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Segundo António Costa, que falava no final de um Conselho Europeu no qual a União Europeia (UE) a 27 adotou as suas grandes orientações para as negociações que está prestes a iniciar com Londres para a consumação da saída do Reino Unido, "é necessário assegurar os direitos de residência, os direitos sociais já constituídos, os direitos sociais ainda em formação e mesmo aqueles direitos, como o direito à pensão, que só serão efetivas bastantes anos depois da consumação da saída do Reino Unido da União".
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"A estabilização das perspetivas de vida destes cidadãos é essencial para haver estabilidade em muitas famílias e, sobretudo, para criar uma relação de confiança entre ambas as partes", disse.
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Relativamente às directrizes hoje adotadas pela UE, naquele que foi formalmente o seu primeiro Conselho Europeu a 27, já à luz do ‘Brexit’, António Costa comentou que "hoje o Conselho deu uma prova de unidade da União nesta negociação com o Reino Unido, ao aprovar em menos de quatro minutos aquelas que são as linhas de orientação geral para este processo negocial".
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"São negociações que todos desejamos que decorram de uma forma amigável, construtiva, e que nos permita concluir um acordo o mais ambicioso possível, para manter a melhor relação, a mais sólida e ampla relação no futuro entre a UE e o Reino Unido", disse.
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António Costa sublinhou que, "obviamente, com a separação de um Estado-membro, não é possível antever que ninguém ganhe alguma coisa com esta saída e, portanto, o grande objetivo desta negociação é controlar e limitar os prejuízos resultantes da saída do Reino Unido, para os próprios e para o conjunto da União".
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O primeiro-ministro manifestou-se de acordo com a "discussão ordenada" defendida pelo presidente do Conselho, Donald Tusk, concordando que é necessário "resolver primeiro o que é necessário resolver para sair" antes de discutir o futuro das relações com o Reino Unido.
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Adoptadas as grandes orientações da UE na cimeira de hoje, será agora preparado um mandato para o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, que deverá estar pronto até 22 de maio, mas as negociações só deverão arrancar depois das eleições no Reino Unido marcadas para 08 de junho.
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