Endividamento da economia portuguesa atinge novo recorde em Abril
O endividamento do sector não financeiro aumentou, em Abril, em 4,6 mil milhões de euros, quando comparado com o mês anterior. No total, o endividamento da economia ascendeu a 724,29 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal.
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Este é o valor mais elevado desde que há histórico: Dezembro de 2007, segundo a mesma fonte. Os dados conhecidos esta quinta-feira, 21 de Junho, só revelam o valor nominal do endividamento, uma vez que ainda não há dados do produto interno bruto (PIB). Em percentagem do PIB será de esperar que o endividamento diminua, uma vez que a economia está a crescer. Os últimos dados conhecidos referem-se a Março, o fim do primeiro trimestre. Na altura, o endividamento do sector não financeiro diminuiu para 369,6% do PIB.
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Este aumento do endividamento é justificado sobretudo pela administração pública. "O endividamento do sector não financeiro aumentou 4,6 mil milhões de euros, em resultado do incremento de 4,5 mil milhões de euros no endividamento do sector público", adianta o relatório do Banco de Portugal.
Esta é uma consequência das emissões de dívida realizadas em Abril. Já quando foram divulgados os dados da dívida pública do mês em análise, se concluía que a dívida pública aumentou 4,2 mil milhões de euros apenas em Abril deste ano. Na altura, a entidade liderada por Carlos Costa explicou que "para este aumento contribuiu essencialmente o acréscimo dos títulos de dívida, maioritariamente por via da emissão de obrigações do Tesouro".
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Em Abril, o IGCP emitiu três mil milhões de euros numa emissão sindicada a 15 anos, um valor acima da média das idas ao mercado da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.
Além disso, no mesmo mês, o IGCP voltou aos mercados para emitir mais 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo. Ou seja, no total, foram 4.250 milhões de euros, exactamente a subida registada neste mês na dívida pública. A Agência aproveitou as condições favoráveis para ir ao mercado e obter parte do financiamento necessário para este ano, prevenindo face a situações de stress, como a da última semana com a crise política em Itália a contagiar os juros dos países periféricos.
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