Portugal volta ao défice depois de ter sido pago subsídio de Natal
O défice orçamental em contabilidade pública, a óptica de caixa, foi de 624 milhões de euros até Novembro, divulgou o Ministério das Finanças esta sexta-feira, 28 de Dezembro, num comunicado à imprensa que antecede a publicação, pela Direcção-Geral de Orçamento (DGO), da síntese de execução orçamental.
De acordo com o comunicado do gabinete de Mário Centeno, o défice de 624 milhões registado nos primeiros onze meses deste ano foi melhor do que o verificado no mesmo período do ano passado, em 1.425 milhões de euros.
PUB
Esta melhoria é explicada por um crescimento da receita de 5,4%, superior ao aumento da despesa, que foi de 3,3%.
Pagamento do subsídio de Natal anula excedente
Embora melhore em termos homólogos, se se considerar o período até ao mês anterior, ou seja, até Outubro, o saldo orçamental piorou. Passou de um excedente de 259 milhões de euros para um défice de 624 milhões de euros.O subsídio de Natal foi pago este ano por inteiro aos trabalhadores da Administração Pública e pensionistas em Novembro e Dezembro, ao contrário de anos anteriores, quando foi pago em regime de duodécimos. Ao fazê-lo, o Estado adiou uma parte significativa da despesa para o final do ano. Em Outubro, quando foi conhecida a execução orçamental até Setembro, o Ministério das Finanças recordou que, apesar do excedente verificado até ali, o pagamento da totalidade do subsídio de Natal aos funcionários públicos iria degradar o saldo em cerca de 2.980 milhões de euros. Apesar de estes dados serem apresentados em contabilidade pública é expectável que o subsídio de Natal acabe por penalizar também o saldo orçamental em contabilidade nacional (a óptica que conta para Bruxelas). Até Setembro, considerando esta óptica, foi registado um excedente de 0,7% do PIB, divulgou recentemente o Instituto Nacional de Estatística. A despesa cresce 3,3%... Segundo o Ministério das Finanças, o crescimento da despesa nas Administrações Públicas deve-se ao "forte aumento da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), de 5,7%, superando os máximos anteriores ao Programa de Ajustamento, e pelo investimento público na Administração Central (33% excluindo PPP’s) e prestações sociais (6,9% excluindo pensões)". A despesa com pessoal na Administração Central cresceu 2,1%, devido ao descongelamento de carreiras e da reposição de horas extraordinárias. Também nesta questão, o SNS tem um impacto significativo: a despesa com pessoal neste sector aumentou 6%. "Além do forte crescimento do emprego, registou-se o aumento do valor pago no SNS pelas horas extraordinárias, horas de qualidade e a criação de um novo subsídio para os enfermeiros especialistas", justifica o Governo. A despesa com pensões da Segurança Social cresce cerca de 3%, quando corrigida do efeito do subsídio de natal (pago na totalidade em dezembro), o que reflecte o facto de a grande maioria dos pensionistas ter aumentos superiores à inflação. ...e a receita fiscal subiu 5,4%Segundo o Ministério das Finanças, a receita fiscal cresceu 5,4%, com a receita do IRC a crescer 11,3%, do IVA 5,6% e do IRS 4,3%. "A evolução positiva da receita fiscal, apesar da redução das taxas de imposto, em particular do IRS, reflete o bom momento da economia portuguesa", reitera o Ministério, acrescentando que a receita contributiva beneficiou do comportamento do mercado de trabalho, "visível no forte crescimento de 7% das contribuições para a Segurança Social".
PUB
Ao fazê-lo, o Estado adiou uma parte significativa da despesa para o final do ano. Em Outubro, quando foi conhecida a execução orçamental até Setembro, o Ministério das Finanças recordou que, apesar do excedente verificado até ali, o pagamento da totalidade do subsídio de Natal aos funcionários públicos iria degradar o saldo em cerca de 2.980 milhões de euros.
Apesar de estes dados serem apresentados em contabilidade pública é expectável que o subsídio de Natal acabe por penalizar também o saldo orçamental em contabilidade nacional (a óptica que conta para Bruxelas). Até Setembro, considerando esta óptica, foi registado um excedente de 0,7% do PIB, divulgou recentemente o Instituto Nacional de Estatística.
A despesa cresce 3,3%...
PUB
Segundo o Ministério das Finanças, o crescimento da despesa nas Administrações Públicas deve-se ao "forte aumento da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), de 5,7%, superando os máximos anteriores ao Programa de Ajustamento, e pelo investimento público na Administração Central (33% excluindo PPP’s) e prestações sociais (6,9% excluindo pensões)".
A despesa com pessoal na Administração Central cresceu 2,1%, devido ao descongelamento de carreiras e da reposição de horas extraordinárias. Também nesta questão, o SNS tem um impacto significativo: a despesa com pessoal neste sector aumentou 6%. "Além do forte crescimento do emprego, registou-se o aumento do valor pago no SNS pelas horas extraordinárias, horas de qualidade e a criação de um novo subsídio para os enfermeiros especialistas", justifica o Governo.
A despesa com pensões da Segurança Social cresce cerca de 3%, quando corrigida do efeito do subsídio de natal (pago na totalidade em dezembro), o que reflecte o facto de a grande maioria dos pensionistas ter aumentos superiores à inflação.
PUB
...e a receita fiscal subiu 5,4%Segundo o Ministério das Finanças, a receita fiscal cresceu 5,4%, com a receita do IRC a crescer 11,3%, do IVA 5,6% e do IRS 4,3%.
Mais lidas
O Negócios recomenda