“Vexatório” e “miserabilista”. UGT quer convergir com a CGTP num “grande protesto”
A Fesap, estrutura sindical da UGT, convida as outras estruturas sindicais a convergir num "grande protesto" na sequência da decisão do Governo de aumentar os salários da Função Pública com um acréscimo nominal de 0,3%.
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Esta sexta-feira o secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, informou os sindicatos que estava apenas mandatado para confirmar o aumento nominal de 0,3% nos salários dos trabalhadores da administração pública.
José Abraão, da Fesap, referiu que baixou a sua contraproposta de 3,5% para 2,9% e pediu também uma atualização das ajudas de custo e do subsídio de refeição. Caso contrário, a atualização dos vencimentos nem sequer chega aos 0,3%, alegou.
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"Decidimos lançar um repto às outras estruturas sindicais para nos sentarmos e concertarmos posições para que se faça um grande protesto relativamente a esta visão miserabilista do Governo em relação aos trabalhadores da administração pública", referiu José Abraão, da Fesap (UGT), sem descartar uma greve.
Antes, já a Frente Comum (CGTP), que abandonou a reunião desta sexta-feira em protesto, tinha admitido que vai discutir acções "de luta" no dia 19.
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Helena Rodrigues, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE, UGT) tinha admitido também que há várias questões que devem preocupar os trabalhadores do público e do privado, embora não tenha incentivado expressamente uma greve.
A presidente do STE tinha considerado "vexatória" a proposta de aumento de 0,3% para a Função Pública e põe em causa a credibilidade dos números do Governo sobre a despesa com progressões.
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"Esta proposta do Governo é uma proposta vexatória. Não só para os trabalhadores da administração pública mas pelo sinal que dá a todos os empregadores para poderem fazer o mesmo aos seus trabalhadores", disse.
"Esta questão também se coloca quando comparamos com aquilo que em sede de concertação social foi pelo menos prometido aos empregadores em benefícios fiscais", alegou.
Helena Rodrigues pôs ainda em causa os dados do Governo sobre a despesa com progressões, alegando que as diferenças entre as verbas divulgadas esta semana e os números inscritos no Programa de Estabilidade (PE) não foram explicados.
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