Carlos Alexandre mantém-se no tribunal dos megaprocessos
O juiz Carlos Alexandre decidiu não participar no concurso em aberto para os tribunais da Relação, cujo prazo termina a 2 de Fevereiro, em que poderia vir a ser promovido a desembargador, escreve o Correio da Manhã na edição desta segunda-feira, 23 de Janeiro.
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Segundo o mesmo jornal, este juiz envolvido em megaprocessos, como a Operação Marquês, ponderou pela primeira vez abandonar o Tribunal Central de Instrução Criminal na sequência de uma orientação, definida pelo Conselho Superior de Magistratura (CSM), para limitar a troca de turnos.
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Numa polémica entrevista à SIC, emitida a 7 de Setembro, Carlos Alexandre queixou-se de cortes no ordenado ao longo da última década e admitiu que tinha trabalhado 48 dos 52 sábados do ano porque precisava de dinheiro. Poucos dias depois, o CSM informou as comarcas de que a substituição de juízes nos turnos só pode "ocorrer nos casos em que haja justificação razoável".
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A 13 de Outubro, este órgão de gestão e disciplina dos juízes decidiu instaurar um inquérito a Carlos Alexandre depois de uma queixa de José Sócrates sobre o conteúdo da entrevista televisiva dada pelo magistrado. Acabou por ser arquivado dois meses depois, com a justificação de que "pese embora sendo pouco felizes na sua expressão algumas dessas declarações, as mesmas não se revestiam de relevância disciplinar".
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O Correio da Manhã recorda que, caso avançasse com esta candidatura aos tribunais da Relação, Carlos Alexandre iria apresentar-se perante um júri do CSM onde estariam também Mário Morgado e Sousa Pinto, precisamente membros que votaram a favor da abertura de um processo disciplinar contra o magistrado do Tribunal Central de Instrução Criminal.
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