Rodrigo Rato defraudou o Fisco depois de ser detido em Abril

Para as Finanças, o ex-vice-presidente do Governo espanhol não podia declarar nas suas empresas rendimentos que lhe deviam ser tributado como profissional, noticia o El Mundo.
Rodrigo Rato
Reuters
19 de Novembro de 2015 às 12:16

O ex-vice-presidente do Governo espanhol, Rodrigo Rato, que foi detido no passado dia 16 de Abril, continuou a defraudar as Finanças já depois dessa data, enquanto continuou a registar o seu domicílio e escritório na calle Castelló, em Madrid, noticia o jornal El Mundo.

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Segundo a publicação, quando ele apresentou a sua declaração de rendimento singular de 2014 já sabia que estava acusado por vários crimes fiscais e de branqueamento de capitais, mas insistiu na prática que manteve nos anos anteriores de declarar nas suas empresas o que devia ser tributado como profissional.

A Autoridade Tributária, diz o El Mundo, atribui-lhe só por este conceito dois delitos fiscais por defraudar 162 mil euros no exercício de 2013 e 160.311 euros no de 2014, esta parcela ainda provisória.

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As Finanças fazem esta imputação ao ex-director do Fundo Monetário Internacional pelo rendimento gerado pelo seu trabalho como membro dos conselhos consultivos da Telefónica Europa e América Latina. Em vez de receber directamente na sua conta, a Telefónica fazia entrar os valores na empresa que encabeça a sua rede em Espanha, a Kradonara.

 

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Quer em 2013 como em 2014 tratam-se de três pagamentos de 121.000 euros realizados em Janeiro, Maio e Setembro de cada ano, o que soma a cada ano 363 mil euros. Para o Fisco, Rodrigo Rato aparecer como pessoa física e conselheiro nas reuniões do conselho consultivo da Telefónica Espanha significa que, apesar da utilização da sua empresa, os pagamentos devem ser reputados como profissionais e muito pessoais.

Rato, que foi também ministro da Economia no Governo de Aznar, foi detido a 16 de Abril depois de ter sido divulgado que terá aproveitado a amnistia fiscal de 2012 [aprovada pelo Executivo de Mariano Rajoy] para regularizar o seu património e que a Autoridade Tributária estava a investigá-lo para comprovar se teria havido branqueamento de capitais.

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