Israel aceita plano de paz proposto por Trump

O plano de 20 pontos, que ainda não foi aceite pelo Hamas, implica a libertação dos reféns e de prisioneiros palestinanos. Também impede a ocupação ou anexação de Gaza ou qualquer papel do Hamas na governação do território.
Israel aceita plano de paz proposto por Trump
Pedro Barros Costa 29 de Setembro de 2025 às 20:14

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, concordou com o plano de paz de 20 pontos proposto pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, destinado a terminar a guerra entre o Hamas e Israel, depois de negociações que decorreram esta segunda-feira.

Trump anunciou o acordo numa conferência de imprensa conjunta com Netanyahu, dizendo que se trata de um dia “histórico para a paz”. O Presidente dos EUA adiantou que o acordo tem o apoio de outros líderes do Médio Oriente, sugerindo que o entendimento poderá abrir caminho para a paz duradoura na região.   

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“Discutimos como terminar a guerra em Gaza, mas esta é apenas uma parte do panorama global, que é a paz no Médio Oriente, e vamos chamá-la paz eterna no Médio Oriente”, disse Trump, salientando  que “isto é mais do que muitos esperavam” e destacando também o “nível de apoio” que recebeu dos países do Médio Oriente.

Contudo, Trump alertou que “se o Hamas rejeitar o acordo”, Netanyahu terá “todo o nosso apoio” para destruir o grupo terrorista. A aceitação da proposta pelo Hamas implica a concordância com concessões substanciais. O grupo disse que ainda não consultou o plano e que terá de analisar a proposta.

O plano estipula que, com a aceitação por ambas as partes, todos os reféns e restos mortais sejam devolvidos em 72 horas. O acordo também implica a libertação de quase 2.000 prisioneiros palestinianos por Israel, que por sua vez não deve ocupar nem anexar Gaza. O Hamas também não deverá ter qualquer papel na governação do território.          

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Entretanto, o plano dos EUA foi entregue ao movimento islamita palestiniano Hamas por mediadores do Qatar e do Egito, adiantou à agência France-Presse (AFP) fonte ligada ao processo de negociações.

O primeiro-ministro do Qatar, Mohamed bin Abdulrahman al-Thani, e o chefe dos serviços de informação egípcios, Hassan Mahmoud Rashad, "acabaram de se reunir com os negociadores do Hamas e apresentaram-lhes o plano", frisou a mesma fonte, que falou sob condição de anonimato.

"Os negociadores do Hamas disseram que o iriam examinar de boa-fé e responder", acrescentou.

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*Com agências

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