Alemanha chama embaixador britânico depois de notícias sobre escutas
Num comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, afirma ter sido pedido ao embaixador Simon McDonald "um esclarecimento sobre informações surgidas em meios britânicos" e sublinha que "espiar comunicações a partir de uma sede diplomática viola a lei internacional".
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O encontro "realizou-se hoje à tarde no Ministério e já terminou", disse à agência France Presse o porta-voz da embaixada britânica em Berlim, William Gartward, sem dar pormenores.
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O diário britânico The Independent noticiou hoje, citando documentos da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, que a embaixada britânica na capital alemã, próxima da dos Estados Unidos e de vários edifícios governamentais alemães, dispõe de um sistema de escutas.
O Reino Unido e outros "aliados chave" operam "uma rede de postos de espionagem electrónica a partir de sedes diplomáticas em todo o mundo que interceptam informação dos países anfitriões", segundo o jornal.
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Há duas semanas, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão tomou a decisão inédita de convocar o embaixador norte-americano em Berlim, John B. Emerson, um dia depois de reveladas as suspeitas de que os serviços secretos dos Estados Unidos tinham escutado um dos telemóveis da chanceler alemã, Angela Merkel.
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Essas informações, como as hoje divulgadas, baseiam-se em documentos revelados pelo ex-analista informático da NSA Edward Snowden, exilado na Rússia.
"Sem motivos e indícios muito sérios não teríamos dado um passo diplomático desta gravidade", disse Westerwelle à imprensa após o encontro com o embaixador.
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No comunicado hoje divulgado, o ministério alemão não utiliza o termo "convocar".
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