Argentina: Senado apoia Macri e aprova pagamento a credores
A abolição das leis que impedem os pagamentos aos credores já havia sido aprovada pela Câmara baixa do Congresso, e é um ponto fundamental para o plano de revitalização da economia do recém-eleito presidente Maurício Macri. Agora, é o Senado quem dá luz verde à iniciativa.
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O debate demorou no Senado demorou 14 horas, escreve a Reuters, mas a proposta de Macri acabou por ser aprovada com 54 votos a favor e 16 contra.
No poder há menos de seis meses – Macri foi eleito a 22 de Novembro de 2015 – o presidente tem o difícil desafio de recuperar uma economia pressionada pelo baixo investimento, por uma elevada inflação e escassez de reservas. Para o fazer, Macri precisa de colocar a Argentina de volta às lides dos mercados financeiros globais.
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Nesse sentido, ressarcir os credores é visto como essencial para que a Argentina reconquiste o acesso aos mercados.
Macri precisa de angariar liquidez para o fazer, pelo que já está a preparar a primeira emissão internacional de obrigações, algo que não acontecia desde 2001. A operação deverá ascender aos 12 mil milhões de dólares, tendo sido contratados sete bancos para avançar com o processo.
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A Argentina tem até 14 de Abril desde ano para pagar 4,65 mil milhões de dólares aos credores que se recusaram a reestruturar a dívida do país quando este entrou em incumprimento, em 2001.
Macri tem vindo a abordar esta questão em várias frentes, tendo chegado a um princípio de acordo com os credores envolvidos em Fevereiro deste ano.
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Escreve a BBC que Macri alertou o Senado que um voto contrário condenaria a Argentina a manter-se um "pária", banido pelos credores globais. Enquanto os países vizinhos conseguem créditos com taxas de juro a rondar os 5%, a Argentina é obrigada a pagar pelo menos o dobro, adianta.
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