UE "100% contra" quotas nas importações automóveis

No mesmo dia em que Trump se demonstra confiante no desenrolar das negociações comerciais com o Japão, os líderes da UE deixam claro que a imposição de quotas sobre as importações de automóveis europeus pelos Estados Unidos não será aceite como uma opção válida pela Europa.
Automóveis automóvel
Reuters
Ana Batalha Oliveira 27 de Maio de 2019 às 13:18

Os Estados Unidos têm vindo a ameaçar com a imposição de tarifas sobre importações do setor automóvel europeu. Uma segunda hipótese para limitar estas importações é a definição de quotas – algo que é veementemente rejeitado pelos líderes do bloco europeu.

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"Isso é algo acerca do qual estamos completamente contra", afirmou esta segunda-feira, 27 de maio, a ministra do comércio sueca, Ann Linde, à entrada de um encontro em Bruxelas com os seus pares, onde serão debatidas as negociações com os Estados Unidos relativamente às tarifas industriais e à ameaça de Donald Trump de impor direitos aduaneiros adicionais sobre as importações de automóveis.

Também o representante do ministério dos Negócios Estrangeiros presente, Jean-Baptiste Lemoyne, ecoou esta posição ao garantir que a União Europeia (UE) pretende respeitar os critério da Organização Mundial do Comércio, os quais são incompatíveis com a imposição de quotas.  

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O presidente dos Estados Unidos tinha até sexta-feira, 15 de maio, para decidir acerca da imposição ou não de tarifas à importação de automóveis. Ao invés, nesse dia optou por adiar por seis meses o seu veredicto, alargando desta forma o prazo para as negociações com a União Europeia e o Japão. Na altura defendeu, contudo, que as "condições internas de concorrência devem ser melhoradas através da redução de importações".

Japão terá decisão em agosto

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O Presidente dos Estados Unidos declarou, também esta segunda-feira, no âmbito de uma visita oficial a Tóquio, que espera avanços em agosto nas negociações comerciais com a nação nipónica. "Acho que anunciaremos algumas coisas importantes provavelmente em agosto, o que será bom para os dois países", disse Donald Trump.

 

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O Presidente norte-americano voltou a criticar o "tremendo desequilíbrio" no comércio entre o Japão e os Estados Unidos, uma alusão ao excedente japonês, uma das razões que motiva Washington a negociar um novo acordo com Tóquio.

Uma discussão antiga 

A ameaça ao setor automóvel foi feita no ano passado mas, em julho, os Estados Unidos e a Europa concordaram suspender essa aplicação enquanto as duas partes negociavam novas relações económicas.  

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O presidente dos Estados Unidos ameaçava impor uma taxa alfandegária de 25% sobre os automóveis e peças automóveis importadas, alegando razões de segurança nacional, os mesmos motivos que justificaram a aplicação de tarifas sobre o aço e o alumínio.

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