BCE: inflação pode descer mais depressa que o previsto. Corte de juros só com mais dados
A desinflação pode acelerar nos próximos meses mais do que o previsto, mas o BCE continua à espera de dados que confirmem a trajetória de aproximação da inflação à meta dos 2% definida pela autoridade monetária, antes de avançar no corte de juros.
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A indicação foi avançada esta quinta-feira pelo economista chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, numa conferência da Brookings Institution, em Washington, nos Estados Unidos. "A inflação pode diminuir mais depressa no curto prazo se os preços de energia evoluírem de acordo com a recente queda nas expectativas de mercado para os futuros dos preços do petróleo e gás", referiu o responsável.
Lane insistiu que precisam de mais dados: "E
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O responsável deixou, no entanto, um aviso: "As
Ou seja, tudo depende de uma trajetória clara e sustentada de abrandamento da inflação para iniciar uma redução dos juros.
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) já vê cortes a acontecerem por altura do verão apontando para dois momentos de alívio da política monetária: o primeiro em julho e o segundo em outubro, fazendo descer a taxa de referência para os 3,5% no final deste ano. Um otimismo que não tem ainda sinalização por parte do BCE.
O economista-chefe da autoridade monetária do euro lembrou, por outro lado, que no último ano – entre janeiro de 2023 e janeiro deste ano – metade do processo de desinflação ficou a dever-se à energia, em boa parte por efeito base. O alívio nos constrangimentos no comércio internacional também apoiou este processo, bem como uma política monetária mais restritiva.
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"Em termos de uma avaliação geral de nossa trajetória de política, precisamos estar mais avançados no processo de desinflação antes de podermos ter confiança suficiente de que a inflação atingirá a meta de forma oportuna e se estabilizará de forma sustentável", concluiu Philip Lane.
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