CDS quer auditoria ao Ministério da Economia e desafia Governo a rever Constituição
O CDS utilizou várias "armas" para atacar o Governo, do "garrote" na Saúde à "barafunda" na preparação do combate aos incêndios, mas foi com o desafio lançado ao primeiro-ministro para "embarcar" numa reforma constitucional e na defesa de uma auditoria ao Ministério da Economia que a líder centrista, Assunção Cristas, tentou marcar posição no debate quinzenal que decorreu esta quarta-feira, na Assembleia da República.
PUB
Cristas considerou relevante a realização de uma "auditoria interna" ao conjunto de decisões tomadas por Manuel Pinho quando foi ministro da Economia do Governo chefiado por José Sócrates. A este respeito, o primeiro ministro garante confiar plenamente no Ministério Público.
"Se houve alguma ilegalidade praticada no ministério da Economia, em algum Governo, as autoridades judiciárias são competentes para proceder à investigação", reagiu António Costa. O chefe do Governo sustentou ainda que não costuma "presumir que os outros não são tão sérios" como ele próprio.
PUB
Foi então que a líder centrista perguntou ao primeiro-ministro se está disponível para "embarcar" numa alteração à Constituição de forma tornar o sector da Justiça mais eficaz. Costa começou por deixar Cristas sem resposta, notando que a Constituição não atribui qualquer capacidade de iniciativa ao Governo nessa questão, pelo que devem ser os deputados a fazê-lo. O primeiro-ministro solicitou então que a líder do CDS revele se tem "alguma sugestão concreta" sobre a matéria.
Uma parte da intervenção do PCP também incidiu na corrupção, com Jerónimo de Sousa a criticar a "promiscuidade entre poder político e económico", sinalizando as opções tomadas nas "privatizações" feitas de forma "pouco transparente" e apontado exemplos concretos tais como o negócio dos "CTT, do SIRESP, da banca e dos submarinos".
PUB
Também o secretário-geral comunista perguntou a Costa "qual a disponibilidade do Governo para que se avance em matéria de combate à corrupção", ao que o líder socialista respondeu com um curto "total". Costa recordou com "orgulho" que os principais instrumentos de combate e prevenção do fenómeno da corrupção resultam de iniciativas tomadas pelo próprio quando foi ministro da Justiça.
(Notícia actualizada)
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais António Costa Assunção Cristas Debate Quinzenal Constituição EconomiaMais lidas
O Negócios recomenda