Costa avisa que quer concertação mas rejeita "regateio social" dos baixos salários
António Costa falava no jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PS, num momento em que decorrem negociações em sede de concertação social para a fixação do salário mínimo nacional em 2018.
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"As empresas só conseguirão ficar a geração jovem mais qualificada que o país tem se oferecerem melhores condições de trabalho. Se os jovens portugueses continuarem a achar que partindo [do país] conseguem melhores oportunidades do que cá, então será muito difícil às empresas fixarem esses recursos humanos. E se não os fixarem não vão conseguir ser competitivas", declarou.
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Depois, António Costa deixou um recado directo às confederações patronais: "Quando querem regatear o salário mínimo nacional, nós dizemos que queremos concertação social, mas não fazemos regateio social".
De acordo com o primeiro-ministro, o modelo do Governo "não é o país dos baixos salários, porque esse modelo não tem futuro no século XXI".
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Na sua intervenção, o secretário-geral do PS rejeitou também críticas ao facto de os orçamentos deste Governo não contemplarem medidas como a descida do IRC, contrapondo que as empresas "devem perceber o futuro em que vão participar".
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"Um orçamento amigo das empresas não é o que baixa o IRC, mas aquele que as apoia a fazer os investimentos que têm de fazer para poderem inovar, modernizar-se e melhorar os seus recursos humanos, sendo mais produtivas e competitivas. Este Orçamento ajuda as empresas a terem mais capitais próprios e a dependerem menos da banca. Temos de ter empresas do século XXI e não empresas que queiram viver à custa de baixos salários", frisou.
A primeira parte da intervenção do primeiro-ministro foi dedicada a salientar a ideia de que "este é um Governo do PS", com as marcas deste partido, embora seja suportado também no parlamento pelo Bloco de Esquerda, pelo PCP e pelo PEV.
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"Este Governo reforçou a presença de Portugal no euro, retirou o país do Procedimento por Défice Excessivo e está a retirá-lo também da vergonhosa classificação de lixo" por parte das agências de 'rating', apontou ainda António Costa.
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