Marcelo quer mais investimento: “É importante saber até onde vai o crescimento”
A interrogação política deste ano são as eleições autárquicas, mas mais importante do que isso, garante o Presidente da República, é a consolidação da tendência de crescimento. E o investimento, que tanto o Governo de Passos como o de Costa "sacrificaram" para alcançar as metas do défice, pode ajudar.
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Em entrevista à Antena 1, Marcelo Rebelo de Sousa, que já nas cerimónias do 25 de Abril tinha sublinhado a mensagem, sustenta que a principal questão não é a dívida, mas antes o crescimento, porque é através do crescimento que se resolvem questões como a dívida, o défice ou a criação de emprego. "Portanto todas as questões em Portugal – de justiça social, de redução do endividamento público, de criação do emprego, passam pelo crescimento".
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"E por isso é importante ver os números do crescimento daqui a um mês, dois meses, três meses, quatro meses, para ver se aquilo que intuitivamente nós sentimos corresponde à realidade ou não", afirma o Presidente da República.
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"Nós sentimos intuitivamente que desde o terceiro trimestre há uma tendência de crescimento. Agora, é importante saber até onde vai essa tendência. Mantém-se? É sustentada? Tende a subir? Estabiliza? Vai além dos 2% e até onde é que vai? E essa é a grande interrogação deste ano de 2017".
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Questionado sobre os dados que tem, Marcelo Rebelo de Sousa não admite ter informação "secreta" sobre esta matéria.
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"É de esperar que esta tendência se consolide e se afirme de modo mais vigoroso? Quão vigoroso? O importante é ajudar ao crescimento. E por isso a importância do quê? Do investimento", conclui.
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Considerando que "para se chegar ao défice que se chegou, o Governo optou, um pouco como o Governo anterior, por sacrificar investimentos públicos", o presidente da República nota que há agora "uma mudança progressiva de clima", que dissipou as dúvidas sobre a estabilidade da solução governativa.
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Ao "clima adicional favorável a esta confiança", contribuíram "o acordo de concertação social, a estabilidade das leis laborais, a estabilização no sistema fiscal".
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O Presidente da República dá a entender que se há um ano se mostrava essencialmente preocupado com as questões da banca, essas dúvidas foram superadas. "Agora já não", diz.
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Ao longo da entrevista, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que "não há nada que impeça" que Pedro Passos Coelho ganhe o próximo congresso do PSD e lembra que a Constituição permite a redução dos actuais 230 para 180 deputados. "Na altura em que não era presidente achava uma boa ideia", diz.
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