Passos Coelho diz que há uma "intolerância" em quem governa que nunca houve
"Há uma intolerância hoje, em quem governa, que nós nunca tivemos felizmente no passado", afirmou Passos Coelho este sábado, durante a apresentação do candidato do PSD à Câmara de Sabrosa, António Araújo.
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Para o presidente social-democrata, as eleições autárquicas são importantes porque se vive "um tempo em que, quem está no poder, quem governa o país, a maioria que suporta o Governo, sente-se muito auto-suficiente".
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Mas, acrescentou, é mais do que isso: "Sente que é necessário repelir tudo o que possa ter uma ideia diferente da sua, como se só pudesse haver um pensamento, uma solução, um programa", frisou.
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O líder do PSD exemplificou com os casos do Banco de Portugal e do Conselho de Finanças Públicas, e disse que, "quando algum relatório, quando alguma posição técnica não é do agrado do Governo, a reacção dos partidos da maioria e do próprio Governo é violenta". "Se alguém se atreve a criticar alguma coisa, aqui-d'el-rei que não tem autoridade para falar, e então se for alguém que esteve no Governo antes deste é como se fosse proibido, nem lá devia estar no Parlamento, nem opiniões devia emitir", sublinhou.
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Passos Coelho lembrou o período difícil em foi primeiro-ministro e garantiu que nunca ninguém o viu "aflito a reagir contra, a mandar calar, a fazer guerra às instituições". "Hoje em dia gostam de lembrar o Tribunal Constitucional. Nós sempre respeitamos o Tribunal Constitucional, mesmo quando discordamos das suas decisões, como é evidente. Agora, existe em quem governa um tal apetite por controlar tudo, por querer impor uma única retórica", sublinhou.
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O presidente do PSD afirmou ainda que a democracia é feita de "projectos diferentes, de ideias diferentes, de pluralidade e diferença".
Passos Coelho mostrou-se confiante na vitória de António Araújo em Sabrosa e lembrou que o PSD é o partido que está mais adiantado na escolha de candidatos às eleições autárquicas. "Nem estamos adiantados nem estamos atrasados, estamos no tempo certo para poder fazer o trabalho que é necessário a quem quer ganhar confiança para poder servir as populações", salientou.
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