Paulo Portas defende que segurança é determinante para competitividade de Portugal

O ex-presidente do CDS-PP Paulo Portas alertou na terça-feira que a segurança é um valor "absolutamente determinante para a competitividade de Portugal", condicionando decisões sobre turismo e investimento, que deve ser seguida com a "mais rigorosa atenção".
Paulo Portas
Lusa 05 de Julho de 2017 às 00:39

"Viaja-se para países seguros, investe-se em países seguros. A segurança é um valor absolutamente determinante para a competitividade de Portugal e tem de ser seguida com a maior e mais rigorosa atenção", defendeu Paulo Portas, enquanto orador da última das conferências 'Ouvir Lisboa', da candidatura da líder do CDS, Assunção Cristas, à presidência da Câmara da capital.

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Na sua intervenção, Paulo Portas manifestou-se igualmente contra "uma dicotomia entre Lisboa quem cá nasce e Lisboa para quem cá vem", argumentando que "o turismo é uma extraordinária fonte de receita e quem precisa dele não dá um pontapé na criação de riqueza e nos impostos que cá deixam e nas receitas que cá deixam".

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O ex-vice-primeiro-ministro aludiu também à "ajuda a que Lisboa tivesse mais futuro" e "mais receitas", com as quais "se fazem obras", dada pelo anterior Governo de coligação PSD/CDS-PP, com medidas como a reforma da lei das rendas ou as autorizações de residência por investimento. "Lisboa saiu da recessão, o imobiliário voltou a ter actividade, e esta cidade está desse ponto de vista num ponto muito interessante do ponto de vista económico", sustentou.

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Sobre a questão da segurança, e sem aludir ao recente incêndio em Pedrogão Grande, no qual morreram 64 pessoas, nem ao furto de armamento em Tancos, o antigo líder centrista sublinhou que "há dez anos a segurança era um factor residual" na decisão de viajar para um país ou de investir nesse país. Hoje é "um valor hoje absolutamente determinante na decisão de uma família fazer uma viagem ou de uma empresa instalar um investimento", enfatizou.

 

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"É muito bom ser uma cidade com uma história cosmopolita e estar na periferia de questões muito sérias como o terrorismo", afirmou, referindo que não se pensa em Lisboa como um destino para o qual se deixa de viajar ou investir por questões de segurança e "era bom" que todos dessem "um contributo" para que essa situação se mantenha.

 

A última das conferências ‘Ouvir Lisboa', nas quais Assunção Cristas recolhe contributos para a elaboração do seu programa eleitoral, teve por tema "Lisboa no Mundo", e, além de Paulo Portas, a intervenção da independente Laurinda Alves.

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Com a presença do antigo presidente do CDS Adriano Moreira, a conferência teve moderação de Carmona Rodrigues, o antigo presidente da Câmara de Lisboa eleito pelo PSD que é o mandatário da candidatura e coordenador destas conferências. 

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