Eleições suecas ditam impasse político com ascensão da extrema-direita
As eleições suecas terminaram sem a maioria absoluta de qualquer um dos partidos, com a coligação liderada por Lofven, o actual primeiro-ministro, a ganhar apenas um assento a mais do que o bloco opositor, o Alliance. A extrema-direita abalou as contas com um aumento de popularidade relativamente à última viagem às urnas, em 2014.
PUB
Num Parlamento com 349 lugares, o bloco de Lofven conseguiu eleger 144 deputados, enquanto o opositor Alliance leva 143 dos seus representantes. A extrema-direita dos Sweden Democrats tem direito a 62 lugares, abaixo das projecções mas ainda assim a conquistar quase um quinto do eleitorado - 17,6%.
Os resultados obtidos este domingo pelos Sweden Democrats comparam com os 12,9% que lhes entregaram 49 lugares desde a última eleição, há quatro anos. Foi o maior salto entre todos os partidos presentes no Parlamento. Ficaram, contudo, abaixo das projecções, com algumas a apontarem para que este partido se tornasse a segunda maior força política no país.
PUB
Esta é a pior eleição desde 1921 para os sociais-democratas liderados por Lofven, que enfrenta agora praticamente "taco-a-taco" o líder do Alliance, Ulf Kristersson. Um dos temas nos quais se distinguem é precisamente a aceitação da agenda da extrema-direita, a qual foi liminarmente rejeitada por Lofven mas não por Kristersson, que não clarificou a respectiva posição.
A Suécia torna-se desta forma o mais recente país europeu em que o sentimento anti-imigração está a mudar o cenário político. Apesar de o Executivo actual ter conquistado um aumento do emprego, muitos suecos reagiram ao acolhimento de 600.000 migrantes que entraram na Suécia – um país de 10 milhões de habitantes – nos últimos cinco anos.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Lofven primeiro-ministro Parlamento Alliance Ulf Kristersson Suécia Executivo política partidos e movimentosMais lidas
O Negócios recomenda