Grupo de 20 portugueses viajou da China sem contacto com outros europeus com sintomas
Em conferência de imprensa, Marta Temido afirmou que no trajeto do segundo avião que repatriou franceses da cidade chinesa de Wuhan, em que também viajou o grupo de 20 que chegou a Lisboa, foi seguido "um protocolo de voo que permitiu a viagem em condições de não contacto" entre os passageiros.
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À chegada a Marselha, 20 das pessoas repatriadas por França apresentaram sintomas de possível contágio e foram sujeitas de imediato a análises e exames médicos.
Apesar de fonte europeia ter dito à Lusa, na quinta-feira, que tinham sido 17 cidadãos portugueses a pedir para regressar de Wuhan, o epicentro da epidemia do novo coronavírus, hoje acabaram por regressar 20, incluindo dois diplomatas portugueses que acompanharam o regresso, e duas cidadãs brasileiras.
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Questionada sobre um avião com passageiros chineses que aterrou no sábado em Ponta Delgada, depois de lhe ter sido recusada a aterragem em outros países, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, referiu que nenhum dos passageiros vinha de Wuhan.
A responsável indicou que foram as autoridades alfandegárias açorianas a contactar as autoridades de saúde, que fizeram um inquérito epidemiológico e recolheram a história clínica dos passageiros.
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Graça Freitas indicou que nos aeroportos portugueses se está a fazer o recomendado pelas autoridades de saúde internacionais, aconselhando os passageiros a estarem atentos a sintomas, e que "não há indicação para fazer rastreio à entrada".
A ministra da Saúde afirmou que as 20 pessoas retiradas da China que chegaram a Lisboa vão ficar em isolamento e fazer análises para despistar o novo coronavírus, cujos resultados serão apresentados "nas próximas horas".
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Marta Temido realçou que, "à partida, essas pessoas não estão doentes" com o novo coronavírus, e que o grupo vai passar 14 dias em isolamento profilático.
Durante esse período, não poderão receber visitas, mesmo que controladas.
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A Direção-Geral da Saúde fará um boletim clínico diário do grupo e o Ministério da Saúde realizará uma conferência de imprensa diária para dar conta da evolução da situação.
No avião de transporte C-130 da Força Aérea Portuguesa, as pessoas que decidiram sair de Wuhan, epicentro do contágio do coronavírus, foram acompanhadas por oito tripulantes e oito profissionais de saúde, incluindo uma equipa de sanidade internacional.
A China elevou hoje para 304 mortos e mais de 14 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
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As Filipinas anunciaram também hoje a morte de um cidadão de nacionalidade chinesa, a primeira vítima fatal fora da China.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há casos de infeção confirmados em 24 outros países.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quinta-feira, uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional por causa do surto.
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