Maioria das pensões deve mesmo aumentar 3,85%

Dados divulgados esta quarta-feira confirmam que a inflação que conta está nos 2,1%. Somando a fórmula legal ao aumento adicional aprovado pela oposição, a maioria das pensões deve aumentar 3,85%. Governo volta a dizer que vai incluir o aumento extra nos aumentos de janeiro.
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Catarina Almeida Pereira 11 de Dezembro de 2024 às 11:09

A maioria das pensões deverá aumentar 3,85% no próximo ano. É o que decorre dos valores do crescimento económico e da inflação, já confirmada esta quarta-feira pelo INE. À fórmula legal soma-se o adicional aprovado pelo Parlamento, que o Governo confirma que vai incluir na portaria sobre os aumentos de janeiro.

A inflação média (IPC) sem habitação, até novembro, ficou nos 2,1%. Conjugando a fórmula legal com o adicional de 1,25 pontos aprovado pela oposição, a maioria das pensões (até aos 1.045 euros depois de atualizado o IAS) deverá aumentar 3,85%.

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No caso do segundo escalão de pensões, as que estão entre os 1.045 euros e os 1.568 euros, o aumento, já com o adicional de 1,25 pontos, deverá ser de 3,35%.

Acima deste último valor e até 3.056 euros aplica-se a inflação que conta, de 2,1%. Entre os 3.135 e os 6.111 euros o aumento deverá ser de 1,85%.

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Governo confirma aumento adicional em janeiro

O Governo já tinha dito que vai respeitar a decisão do Parlamento. Esta quarta-feira, o Ministério do Trabalho confirmou que o aumento adicional constará de portaria a publicar nos próximos dias, com a lógica dos cálculos já apresentados, embora não esclareça alguns pormenores. 

Este ano a atualização também abrange as pensões atribuídas ao longo deste ano de 2024 (mais de 155 mil, segundo a Lusa). 

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Com estes indicadores, também o Indexante de Apoios Sociais (IAS) deverá subir 2,6%, elevando o subsídio máximo de desemprego para 1.306 euros.

PS quer chamar Governo ao Parlamento

O aumento que resulta da fórmula legal de atualização, de 2,6% na maioria dos casos fica longe da previsão de 3,1% inicialmente divulgada pelo Governo, que se terá baseado em estimativas feitas no verão com noutro indicador de inflação (o IHPC).

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O PS apresentou um requerimento (ainda não aprovado) para chamar "com urgência" a ministra ao Parlamento, considerando que os dados publicados "desmentem categoricamente" a atualização de 3,1%" e perguntando se o orçamento sobreestima a despesa com pensões.

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