Vindima de 2023 será uma das mais produtivas das últimas duas décadas
A produção de vinho deve atingir 7,3 milhões de hectolitros este ano, o valor mais elevado desde 2006, de acordo com dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
PUB
Segundo as previsões agrícolas, em 31 de outubro, "as perspetivas de quantidade e qualidade são boas", pelo que a vindima deste ano "será uma das mais produtivas das últimas duas décadas".
"Excetuando algumas subregiões da região dos vinhos verdes e da região da Beira Interior, preveem-se aumentos globais de produtividade em todas as regiões, o que conduzirá a uma produção próxima dos 7,3 milhões de hectolitros, uma das mais elevadas das últimas duas décadas. Anteveem-se vinhos complexos e com equilíbrio entre o teor alcoólico, a acidez e os taninos", detalha o INE.
PUB
Esta campanha será também a "melhor de sempre" para a amêndoa (53 mil toneladas), traduzindo um aumento de 15% face a 2022, devido à entrada em produção cruzeiro de muitos pomares, maioritariamente instalados no Alentejo.
Em contrapartida, na castanha, as condições meteorológicas promoveram o desenvolvimento da septoriose, devendo, pelo segundo ano consecutivo, registar decréscimos significativos de produção (-33%, face à média do último quinquénio), refere o INE.
PUB
A colheita das pomóideas está concluída, com um balanço negativo na pera, pelo segundo ano consecutivo (-30%, face à média do último quinquénio), enquanto a maçã, a produção de Trás-os-Montes compensou a quebra registada no Oeste, sendo a produção global mais próxima do esperado (-3%, face à média do último
quinquénio). Já no kiwi, a precipitação promoveu a recuperação e o aumento do calibre dos frutos, prevendo-se uma produção próxima da obtida nos dois últimos anos.
O INE dá ainda conta de que o final da campanha das culturas de primavera de regadio confirmou "produções superiores ao ano passado, com a produção do tomate para a indústria a rondar 1,68 milhões de toneladas (+32%), o milho para grão a aumentar 5% e o arroz 10%".
PUB
Já no olival para azeite, a colheita da variedade Arbequina encontra-se concluída, enquanto as variedades Galega e Cobrançosa ainda estão a ser colhidas. Devido ao adiantamento do ciclo vegetativo das oliveiras, os lagares de azeite iniciaram a laboração mais cedo do que o habitual. Embora se trate de um ano de safra, o calor verificado durante a floração e vingamento do fruto comprometeu alguma produção, prevendo-se, ainda assim, um aumento de 20% de azeitona, face a 2022, indica o INE.
Nos olivais tradicionais, ou seja, de sequeiro, esperam-se produtividades muito superiores às verificadas em 2022, mas nos olivais intensivos em plena produção perspetiva-se uma estabilização da produtividade, refere o INE, destacando que "continuam a entrar em produção muitos olivais intensivos plantados recentemente".
Mais lidas
O Negócios recomenda