CEO da Lusíadas Saúde: "Cadeia de valor não estabilizou"

A empresa liderada por Vasco Antunes Pereira está a ainda a sentir com força as disrupções da cadeia de valor. As contas da Lusíadas Saúde, no entanto, apresentam uma evolução positiva.
Vasco Antunes Pereira CEO Grupo Lusíadas
Alexandre Azevedo
Vítor Rodrigues Oliveira e Rosário Lira 24 de Fevereiro de 2024 às 21:00

Custos elevados, escassez e incerteza. O setor da saúde está longe de ter encontrado um equilíbrio, depois dos sucessivos problemas criados por um contexto geopolítico difícil, afirmou o CEO da Lusíadas Saúde, Vasco Antunes Pereira, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

"Mudou radicalmente não apenas o preço mas também a capacidade do sistema. Ou seja, toda a cadeia de valor ficou muito mais constrangida e nunca mais estabilizou", indica o gestor. "Até agora ainda não estabilizou para modelos anteriores à pandemia".

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"Este ambiente de inflação que vivemos é muitíssimo desafiante na área da saúde", afirma. Ao que acresce "a escassez e a ausência de certeza na entrega", num ambiente geopolítico que "não é vantajoso: a guerra na Ucrânia, todas as sanções que têm sido postas à Rússia, a guerra recente na Palestina e com Israel".

Por tudo isto, "os grandes fluxos de abastecimento que vêm da Ásia e da Europa estão afetados". A Lusíadas Saúde tem "sentido muito quer um agravamento quer uma disrupção na entrega".

Ainda assim, depois de fechar 2023 com uma faturação de 370 milhões, o grupo Lusíadas Saúde espera ultrapassar este ano os 400 milhões e investir, pelo menos, 98 milhões de euros, entre hospitais existentes e novas unidades. "Este ano, só nas unidades existentes, vamos investir 38 milhões de euros. As unidades novas têm um modelo de negócio ainda em construção, portanto, o montante total não está apurado. Só para a componente a Norte do país, em que já fechámos a nossa expectativa de investimento para 2024, estima-se em 60 milhões de de euros", disse Vasco Antunes Pereira.

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E promete que não vai ficar por aqui. "O grupo vai continuar a investir. Temos de ampliar a nossa oferta, porque a oferta está muito limitada", garante.

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