China reforça controlos à importação de chips avançados da Nvidia

O Financial Times avança que o objetivo é impedir a entrada de modelos específicos da tecnológica desenvolvidos para o mercado chinês, como os H20 e RTX Pro 6000D, criados para contornar os controlos de exportação impostos por Washington e manter a presença da empresa liderada por Jensen Huang na China.
China reforça controlo de importações de chips da Nvidia
ChiangYing-ying / AP
Lusa 09:34

A China reforçou os controlos sobre a importação de 'chips' avançados, numa tentativa de travar a aquisição de processadores da norte-americana Nvidia por parte das grandes empresas tecnológicas do país, noticiou esta sexta-feira o Financial Times.

Segundo o jornal britânico, nas últimas semanas foram mobilizadas equipas de funcionários das alfândegas chinesas para realizar "inspeções rigorosas" aos carregamentos de semicondutores nos principais portos do país.

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As operações começaram com o objetivo de impedir a entrada de modelos específicos da Nvidia desenvolvidos para o mercado chinês, como os H20 e RTX Pro 6000D -- criados para contornar os controlos de exportação impostos por Washington e manter a presença da empresa liderada por Jensen Huang na China.

De acordo com uma fonte citada pelo FT, os controlos foram entretanto alargados a todos os 'chips' avançados, como forma de combater o contrabando de semicondutores de alta performance que violam as restrições dos Estados Unidos.

Além das ações alfandegárias, alguns funcionários iniciaram investigações sobre eventuais falsas declarações prestadas no passado por empresas chinesas relativamente à importação de 'chips' avançados.

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O Financial Times revelou no mês passado que a Administração do Ciberespaço da China pediu às maiores tecnológicas do país, como a ByteDance e a Alibaba, que suspendessem as compras de processadores de inteligência artificial da Nvidia.

Segundo os reguladores chineses, os 'chips' desenvolvidos localmente já oferecem um desempenho comparável aos produtos autorizados da empresa norte-americana.

Estas medidas fazem parte dos esforços de Pequim para garantir a autossuficiência tecnológica da China, num contexto de intensificação da rivalidade com os Estados Unidos.

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